Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44988
Compartilhe esta página
Título: | O drama da princesa transviada : jornal a ação, pânico moral e cartografias da identidade ameaçada em Crato (CE), 1965-1972 |
Autor(es): | SANTOS, Hyago Átilla Sousa dos |
Palavras-chave: | História; Crato; Comportamento de massa; Textos jornalísticos - Autoria; Crimes contra os costumes; Cigarros - Vício - Vício em narcóticos |
Data do documento: | 13-Dez-2021 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | SANTOS, Hyago Átilla Sousa dos. O drama da princesa transviada: jornal a ação, pânico moral e cartografias da identidade ameaçada em Crato (CE), 1965-1972. 2021. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021. |
Abstract: | Considerando o crescimento dos debates em torno dos conceitos de moral e autoritarismo na historiografia brasileira, este trabalho pretende elaborar uma reflexão sobre como a mídia impressa operava, no início do período ditatorial-militar brasileiro, como agente direto na promoção e manutenção de regimes de moralidade. Para isso, foi utilizado, como fonte primária e objeto central do trabalho, o jornal A Ação, periódico fundado em 1939 pela Ação Católica da Diocese de Crato, cidade localizada na Região do Cariri, no interior do Ceará. O recorte temporal escolhido foi entre 1965, ano seguinte ao Golpe Militar, e 1972. Utilizando o conceito do Pânico Moral, desenvolvido e trabalhado por autores como Stanley Cohen (2011), Erich Goode e Nachman Ben-Yehuda (2009) e Benjamin Cowan (2016), a pretensão geral dessa reflexão é buscar entender como a imprensa, ao enquadrar grupos de jovens considerados subversivos nos valores morais e políticos pregados no período, operava seguindo padrões específicos de enquadramento e estigmatização de sujeitos, identificando a problemática, atribuindo significados ao que era descrito e propondo intervenções de resolução que, por vezes, recorriam a ações autoritárias da tecnocracia moral que se instaurava. Em seu desenvolvimento, o trabalho foi dividido em seções que abordam a questão do movimento cultural que atuou em um projeto civilizatório e identitário para a cidade do Crato e em como esse projeto se readaptou à realidade brasileira na transição ao autoritarismo; em como jovens, em especial mulheres, eram tratadas pelo A Ação e afetadas por mecanismos de disciplinarização e modelamento de corpos construídos pela Igreja e pela elite local; em estabelecer uma análise comparativa sobre como a toxicomania, elemento fortemente combatido na ditadura, era encarada pela juventude local, consideravelmente influenciada pelos movimentos de contracultura e enquadrada pelo jornal, e em como alguns espaços e sujeitos marginalizados e não pertencentes à elite local eram abordados nesses discursos. Toda a reflexão parte da ideia de que as formas de repressão policial e militar não se restringiam à dimensão política da subversão e de ações anticomunistas, mas que, sobretudo, o regime autoritário solidificou e aperfeiçoou a máquina de tortura e violência simbólica (com a ação direta de instituições religiosas) como padrão normalizado de enquadramento de sujeitos desviantes. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44988 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado - História |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
DISSERTAÇÃO Hyago Átilla Sousa dos Santos .pdf | 3,51 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Este arquivo é protegido por direitos autorais |
Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons