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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45495
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Título: | Endometriose profunda : achados clínicos, epidemiológicos e ultrassonográficos |
Autor(es): | FERNANDEZ, Cicília Fraga Rocha Pontes |
Palavras-chave: | Endometriose; Epidemiologia; Ultrassonografia; Dispareunia; Dor pélvica; Infertilidade |
Data do documento: | 15-Fev-2022 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | FERNANDEZ, Cicília Fraga Rocha Pontes. Endometriose profunda: achados clínicos, epidemiológicos e ultrassonográficos. 2022. Dissertação (Mestrado em Cirurgia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022. |
Abstract: | A endometriose profunda (EP) ocorre quando tecido semelhante ao endométrio infiltra estruturas abaixo da superfície peritoneal ou a camada muscular de órgãos como o intestino, o ureter, a bexiga ou a vagina. As mulheres portadoras de EP costumam apresentar sintomas álgicos e infertilidade, que são agravados pelo diagnóstico tardio. A ultrassonografia pélvica transvaginal com preparo intestinal (USTVPI) é capaz de mapear e caracterizar precocemente as lesões de EP. Este estudo objetiva analisar os achados clínicos, epidemiológicos e ultrassonográficos de mulheres com EP. No período de maio de 2019 a maio de 2021, 398 mulheres responderam a um questionário clínico direcionado para portadoras de endometriose, imediatamente antes de se submeterem ao exame de USTVPI; 227 apresentaram EP e foram incluídas na pesquisa. O nível de dor das queixas álgicas foi avaliado pela escala visual analógica (EVA). A USTVPI foi realizada com base nas recomendações do International Deep Endometriosis Analysis (IDEA) group (2016), sendo acrescidos o uso de gel vaginal e grau de semirrepleção vesical. Foram utilizadas medidas de tendência central e dispersão para análise dos sintomas álgicos. As demais características e os achados ultrassonográficos foram apresentados em forma de tabela com suas respectivas frequências absoluta e relativa. Os níveis médios dos sintomas álgicos pela escala de EVA foram 7,1 para dor geral no período menstrual, 6,9 para dismenorreia, 4,3 para disquezia menstrual, e 4,2 para dispareunia. Infertilidade acometeu 43,8% das pacientes, 10,4% tinham antecedentes de múltiplas cirurgias, e apenas 6,8% haviam realizado fisioterapia para assoalho pélvico. Em relação aos locais de implantes de lesões endometrióticas, 87,6% das pacientes tinham lesões no espaço retrocervical; 54,0%, no intestino; 35,0%, no espaço retrouterino; 29,1%, no espaço retovaginal; 13,7%, na vagina; 6,7%, na bexiga; e 1,3%, no ureter. Endometrioma estava presente em 44,9% delas. A alta prevalência de infertilidade e os níveis elevados de dismenorreia, dispareunia e disquezia menstrual causam impacto negativo na qualidade de vida dessas mulheres. A alta incidência de múltiplas cirurgias e a baixa frequência de realização de fisioterapia pélvica na população com EP diferem das recomendações de tratamento ideal atualmente estabelecidas e refletem dificuldade de acesso das portadoras a centros especializados. O acometimento de EP na região retrocervical, presente na maioria das pacientes, reforça a necessidade de capacitação dos ultrassonografistas na avaliação dessa região de forma rotineira, como estratégia para diagnóstico precoce da EP. O frequente acometimento intestinal reforça a necessidade de avaliação multidisciplinar, em especial do coloproctologista. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45495 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado - Cirurgia |
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