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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45802
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Título : | Examinando as atividades matemáticas realizadas no ambiente familiar : comparando crianças surdas e ouvintes |
Autor : | GUSMÃO, Paula Dourado Buarque de |
Palabras clave : | Psicologia cognitiva; Crianças com deficiência auditiva - Distúrbios da audição em crianças; Menor com aparelho auditivo normal; Exercício matemático – Questão matemática; Casa – Lar - Residência |
Fecha de publicación : | 30-sep-2021 |
Editorial : | Universidade Federal de Pernambuco |
Citación : | GUSMÃO, Paula Dourado Buarque de. Examinando as atividades matemáticas realizadas no ambiente familiar: comparando crianças surdas e ouvintes. 2021. Dissertação (Mestrado em Psicologia Cognitiva) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021. |
Resumen : | O presente estudo analisa e compara as atividades matemáticas realizadas por crianças surdas e ouvintes no ambiente familiar. Um estudo desta natureza pode contribuir para esclarecer a defasagem que crianças surdas apresentam acerca de conhecimentos matemáticos quando comparadas a crianças ouvintes. Uma das explicações para esta defasagem é que a surdez dificultaria as interações e o acesso a experiências importantes para a compreensão de noções matemáticas básicas. Pesquisas com crianças ouvintes mostram que as atividades matemáticas realizadas em casa contribuem para o desenvolvimento do raciocínio matemático, por outro lado, pouco se sabe acerca dessas atividades em relação às crianças surdas neste contexto. Devido à pandemia da COVID 19, informações sobre as atividades matemáticas das crianças surdas e ouvintes foram obtidas através de entrevistas realizadas por meio remoto com adultos responsáveis por essas crianças. Participaram da pesquisa 20 adultos, sendo dez responsáveis por crianças surdas oralizadas e dez responsáveis por crianças ouvintes. As crianças que eram alvo das entrevistas tinham idade entre 6 e 12 anos, estudantes do 1o ao 6o ano do Ensino Fundamental. Os entrevistados foram solicitados a fazer observações das crianças-alvo no ambiente familiar e preencher uma folha de registo com informações detalhadas das atividades matemáticas realizadas por elas, perfazendo um total de 30 horas de observação com as crianças surdas e 30 horas com as ouvintes, tornando possível identificar as atividades matemáticas realizadas pelas crianças-alvo em suas residências. As atividades foram analisadas em função da frequência com que ocorriam, do conhecimento matemático nelas envolvidos, sendo classificadas em cinco tipos: lúdica, culinária, escolar, conversação e dinheiro. Os dados mostraram que os tipos de atividades identificadas entre as crianças surdas e ouvintes foram os mesmos. A diferença ocorreu quanto à concentração de atividades, uma vez que entre as crianças ouvintes observou-se uma média de 1,3 atividades por hora, enquanto entre as crianças surdas a média foi de 0,8. Foi visto que atividades matemáticas de conversação foram bem mais frequentes entre as crianças ouvintes do que entre as surdas, como também envolviam uma maior diversidade de conhecimentos matemáticos do que aquelas realizadas pelas surdas. Observou-se também que as crianças surdas tendiam a interagir com um menor número de pessoas nessas atividades do que as ouvintes. As atividades lúdicas e escolares eram as mais frequentes entre as crianças surdas. Em relação aos conhecimentos matemáticos, os dados mostraram que conhecimentos aritméticos foram mais presentes em atividades escolares, e as crianças ouvintes, por sua vez, realizavam atividades que envolviam conhecimentos sobre medidas e grandezas e quantificações, comumente presentes nas atividades de conversação. Os dados desta pesquisa sugerem que a maior diferença presente nas atividades matemáticas realizadas no ambiente familiar pelas crianças surdas e ouvintes se refere à comunicação existente no cotidiano das crianças surdas que parece ser mais limitado em relação à frequência com que ocorrem e em relação à diversidade de atividades e, consequentemente, de conhecimentos matemáticos envolvidos. É possível o nível de conhecimento matemática dessas crianças seja influenciado pela exposição limitada à situações do cotidiano envolvendo a matemática. |
URI : | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45802 |
Aparece en las colecciones: | Dissertações de Mestrado - Psicologia Cognitiva |
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