Jogos Matemáticos para a Prática Docente: o que dizem os/as licenciandos/as em matemática da UFPE/CAA?

Abstract

Tradicionalmente o ensino e aprendizagem de matemática tem se baseado na exposição e acúmulo de conteúdos e isto tem provocado o distanciamento dos alunos do conhecimento matemático, pois estes não se sentem motivados a aprender. Uma tendência que tem ganhado espaço nas discussões da Educação Matemática, considerada como potencial otimizador desse processo e que pode ser um fator de mudança desse cenário, são os jogos matemáticos. Nos inquieta perceber como estudantes da licenciatura em matemática se relacionam com os jogos matemáticos como metodologia para suas futuras práticas. Desse modo, estabelecemos como problema de pesquisa: Quais as percepções que os/as licenciados/as em matemática da UFPE/CAA têm acerca da utilização dos jogos matemáticos como metodologia para a prática docente? A relevância da pesquisa está em poder perceber como está ocorrendo a formação dos futuros professores, bem como fornecer material que inspire a reflexão e a incorporação de novos métodos de ensino que busquem trazer significado a disciplina. Com o intuito de responder ao questionamento lançamos mão de uma pesquisa de natureza básica com abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso, onde nos propomos a analisar quais são estas perspectivas através de um questionário realizado com os estudantes dos dois últimos períodos da graduação. A discussão teórica que embasa nossa análise está fundamentada em obras de autores que trabalham a temática de jogos tais como: Grando (1995, 2000); Cabral (2006); Bianchini, Gerhardt e Dullius (2011); Teixeira e Apresentação (2014); Fialho (2008), e nas obras de Libâneo (2006); Freire (2002); Pimenta (1999) e Saviani (2018), autores que discutem a prática e a formação docente. Finalizando a análise dos dados, percebemos que os licenciandos reconhecem os jogos como um recurso metodológico que pode ser utilizado pelo professor de matemática para diversificar a prática e buscar aproximar o aluno do processo de aprendizagem. Contudo, os licenciandos não veem os jogos matemáticos como um método infalível e capaz de findar todos os problemas presentes na sala de aula, visto que se utilizada incessantemente acaba tornando-se apenas mais um instrumento de ensino e gerando o mesmo desinteresse ocasionado no modo tradicional expositivo.