A relação da Diabetes com o desfecho clínico de pacientes hospitalizados portadores de COVID-19 do estado de Pernambuco

Abstract

A COVID-19 é uma síndrome respiratória aguda grave causada pelo vírus Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2), já o Diabetes Mellitus é um distúrbio de múltiplas etiologias, que é ocasionado pela falta ou inaptidão da insulina desempenhar seu papel adequadamente no organismo. Estudos sugerem que indivíduos infectados pela COVID-19 que tenham diagnóstico de diabetes tendem a ter um pior desfecho clínico. O presente estudo teve como objetivo investigar a relação do diabetes com o desfecho clínico de pacientes hospitalizados portadores de COVID-19 do estado de Pernambuco. A metodologia empregada neste estudo foi do uso de dados secundários coletados de uma pesquisa do tipo coorte dinâmica multicêntrica conduzida pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL-AL), onde foi feito um recorte com os dados dos pacientes coletados nos hospitais da capital de Pernambuco e interiores. A amostra foi composta por 292 pacientes, incluindo indivíduos adultos e idosos e excluindo gestantes e puérperas. Foram analisados dados sociodemográficos e econômicos, de estilo de vida, história clínica e dados antropométricos. A interpretação dos dados se deu através de análises estatísticas com o teste Qui-Quadrado de Person, e foram considerados significantes quando p<0,05. Como resultado O estudo obteve o percentual de 25,7% de indivíduos analfabetos/fundamental 1 incompleto, 73% residentes em zona urbana e 54,7% se classificaram na classe econômica D e E. Quanto ao estilo de vida 14,9% relataram serem ex-tabagistas, 20,8% referiram consumir álcool, e 80,1% não praticavam atividade física. Nos dados clínicos 38% apresentaram o diagnóstico de diabetes, 57,5% obtiveram um tempo de internamento maior ou igual que 7 dias, e 47,5% apresentaram excesso de peso. Com base no estudo realizado conclui-se que pacientes não diabéticos apresentaram maior percentual de alta/cura em comparação aos pacientes diabéticos, diante disso mais estudos são necessários para colaboração de tratamentos eficientes e na melhoria do desfecho clínico.