Pracinha do Diário : Exercício de paisagem para um espaço público pulsante na história do Recife

Abstract

A Praça da Independência, localizada no Bairro de Santo Antônio, no Recife, é também conhecida como Pracinha do Diário, pela sua relação direta com o edifício do Diário de Pernambuco, jornal mais antigo em circulação na América Latina que foi instalado na Praça em 1901. A origem da Pracinha enquanto espaço público remonta à ocupação holandesa, em meados do século XVII, quando a ‘Grote Markt’ – Terreiro dos Coqueiros, era o centro da Mauritsstad. A Praça passou por algumas intervenções ao longo do tempo e continua sendo um espaço público de conexão que movimenta a dinâmica do bairro. Apesar disso, atualmente se configura como um local de passagem que não convida à permanência e à descoberta dos seus atributos desvalorizando sua função enquanto testemunha material da história e da cultura da cidade do Recife. Foram tais motivos que direcionaram a vontade de investigar a história da Pracinha do Diário, exercitando a paisagem desse espaço público para sua requalificação. Para isso, foi necessário analisar as modificações ocorridas no traçado urbano do entorno da Pracinha, relacionando-o às conexões, edifícios-marco associados aos espaços livres públicos e introdução da vegetação nos séculos XVII, XIX e XX, identificar as diferentes funções da Pracinha ao longo da história do Recife e entender a perspectiva de uso e ocupação da área. Por fim, aponta-se um tratamento urbano-paisagístico adequado aos usos da Praça para apoiar diretrizes para uma futura requalificação que façam emergir a importância histórica desse espaço para população.