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Título : Poluentes orgânicos persistentes no sedimento do estuário do Capibaribe, Recife, Pernambuco
Autor : MOURA, Jéssica Alessandra da Silva
Palabras clave : Oceanografia; Composto organoclorado; Contaminação; PCB; DDT; Dragagem
Fecha de publicación : 21-ene-2016
Citación : MOURA, Jéssica Alessandra da Silva. Poluentes orgânicos persistentes no sedimento do estuário do Capibaribe, Recife, Pernambuco. 2016. 79 f. TCC (Graduação) - Curso de Oceanografia, Centro de Tecnologia e Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2016.
Resumen : Estuário é um ambiente de conexão entre águas marinhas e fluviais, importante para reprodução, alimentação e abrigo de diversas espécies. O estuário do Capibaribe está localizado em uma área urbanizada, recebendo efluentes e lixiviação da Região Metropolitana do Recife. Os poluentes orgânicos persistentes (POPs) são produtos sintéticos, resistentes à degradação e englobam os compostos organoclorados (OCs), como as bifenilas policloradas (PCBs) e os pesticidas organoclorados (POCs). Por serem persistentes e lipofílicos tendem a acumular nos sedimentos e tecidos vivos e biomagnificar ao longo da teia trófica, prejudicando todos os níveis ecológicos, inclusive o homem. Os OCs podem causar sérios problemas à saúde, inclusive carcinogenia e morte. Apesar de proibidos, tem sido comumente detectados em vários locais. O objetivo deste trabalho foi diagnosticar o estuário do Capibaribe em relação à contaminação do sedimento por compostos organoclorados. Foram coletadas amostras de sedimento em 18 estações ao longo do estuário. A extração dos compostos orgânicos foi realizada com conjuntos Soxhlet e solução de n-hexano e diclorometano (1:1, v/v), por 8 horas. A purificação dos extratos foi feita em colunas cromatográficas de adsorção, sendo a fase estacionária composta por alumina 5% desativada e a fase móvel por uma mistura de diclorometano e n-hexano (3:7, v/v). Uma alíquota (1 μL) de cada extrato foi injetada no cromatógrafo a gás acoplado ao espectrômetro de massas (GC-MS). Os cromatogramas foram integrados e cada analito foi identificado e quantificado. Os POPs detectados foram os DDTs (DDT, DDD, DDE) e os PCBs (somatório de 182 congêneres), com concentrações variando de 0,53 a 18,9 ng g-1 (média: 9,5 ng g-1) e 1,39 a 54,8 ng g-1 (média: 22,0 ng g-1), respectivamente. Os demais POCs investigados (HCHs, aldrin, dieldrin, endrin cetona, clordanos, heptacloros, endosulfans e mirex) não foram detectados no sedimento do Capibaribe. Os resultados foram interpretados de acordo com a Resolução 454/2012 do CONAMA, que estabelece as diretrizes para o procedimento de dragagem de sedimentos. Segundo os níveis de contaminação abordados por essa resolução, praticamente todo o estuário apresenta algum risco de efeitos adversos à biota bentônica. Porém, esta resolução considera apenas sete congêneres de PCB, que neste trabalho representaram cerca de metade da concentração dos PCBs detectados. Outros congêneres penta, hexa e heptaclorados revelaram-se significativos no sedimento do Capibaribe. O mesmo pode estar ocorrendo em outros estuários do Brasil. Por isso, sugere-se uma revisão da Resolução 454/2012 do CONAMA para evitar possíveis subestimações de contaminação por POPs e transferência dos mesmos para outros ambientes por resíduos de dragagem. A concentração relativa entre DDT e seus metabólitos indicou aporte recente de DDT em duas estações, sugerindo uso ilegal do mesmo. Nas demais estações foi identificado uso histórico de DDT. O estuário do Capibaribe está entre os mais contaminados por POPs do Brasil. Os resultados deste estudo podem ser úteis ao projeto “Navega Recife”, auxiliando em decisões sobre o processo de dragagem e contribuindo para prevenir impactos negativos sob os pontos de vista ambiental e humano, visto que a população ribeirinha utiliza recursos do Capibaribe como forma de subsistência.
URI : https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48286
Aparece en las colecciones: (TCC) - Oceanografia



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