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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48695
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Título: | Sensibilidade da comunidade da meiofauna às ondas de calor e eventos de branqueamento mais intensos já registrado nos recifes do Atlântico Sudoeste |
Autor(es): | OLIVEIRA, Bruna Rafaela Sousa de |
Palavras-chave: | Recifes de Corais; Meiobentos; Mudanças climáticas; Aquecimento global |
Data do documento: | 10-Out-2022 |
Citação: | OLIVEIRA, Bruna Rafaela Sousa de. Sensibilidade da comunidade da meiofauna às ondas de calor e eventos de branqueamento mais intensos já registrado nos recifes do Atlântico Sudoeste. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Biológicas- Ênfase em Ciências Ambientais) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022. |
Abstract: | Os recifes de corais são fortemente impactados pelas mudanças climáticas, sendo essa a principal ameaça a estes ecossistemas em escala global. Em 2019 e 2020, a Organização Americana de Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) emitiu alertas de branqueamento em massa nos recifes do Atlântico Sul, como consequência do aumento na temperatura da água do mar, que não têm precedentes. Neste estudo, a meiofauna, grupo de metazoários bentônicos, foi utilizada como bioindicadora para avaliação do impacto destes eventos no ambiente recifal, devido à sua alta sensibilidade a mudanças nas condições abióticas e sua rápida dinâmica em avaliar eventos de estresse. O experimento foi realizado através de uma amostragem em três momentos (TEMPO 1, TEMPO 2 e TEMPO 3) na bancada de recifes de coral localizada na Praia de Serrambi, litoral Sul de Pernambuco – Brasil. Cordas com Unidades Artificiais de Substrato (UAS), contendo 3 réplicas cada, foram fixadas paralelamente ao recife, para colonização em duas zonas de médiolitoral (Mediolitoral +40 e Mediolitoral +20) e uma de infralitoral (Infralitoral -20). O primeiro momento (TEMPO 1) aconteceu entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019 (exposição: 22/12/2018- 24/01/2019), quando não foram emitidos alertas de aquecimento da água para a região. O segundo e o terceiro momentos de coleta (TEMPO 2 e TEMPO 3) ocorreram entre novembro de 2019 e março de 2020. Neste intervalo foram coletadas amostras em janeiro de 2020 (exposição: 12/11/2019- 10/01/2020), e em março do mesmo ano (exposição: 12/11/2019- 10/03/2020), sendo o TEMPO 2 uma situação de Bleaching Watch e TEMPO 3 de Bleaching Warning seguido de Alerta nível 1. Os dados climáticos (DHW e SST) foram retirados da base NOAA Coral Reef Watch usando o extrator de dados CoralTemp Versão 1.0 SST. A meiofauna bentônica foi identificada ao nível de grandes grupos taxonômicos, sendo encontrados: Copepoda Harpacticoida e seus Nauplii, Nematoda, Annelida, Ostracoda, Peracarida e outros grupos menos representativos. A comunidade respondeu para ambos os fatores, porém apresentando diferenças mais significativas entre os tempos (p(perm)=0,0001). Os grupos que mais contribuíram para a dissimilaridade entre os tempos foram: Nauplius (com baixas na sua densidade em situação de estresse térmico), Ostracoda e Nematoda (ambos favorecidos com o estresse térmico). Os dados apontam que os grandes grupos taxonômicos e ecológicos respondem diferentemente aos eventos de estresse térmico. O que levanta a hipótese de uma possível sucessão ecológica, com a ampliação da homogeneidade da comunidade e alterações na cadeia alimentar dos recifes de corais em cenários de aumentos na temperatura média global, impactando um ecossistema de grande importância biológica e econômica. Apesar de outros autores abordarem os eventos de branqueamento 2019/2020, ao nosso conhecimento este é um estudo pioneiro relatando os efeitos em comunidades bentônicas (não corais) dos recentes cenários de picos de temperatura. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48695 |
Aparece nas coleções: | (CB) - TCC - Ciências Biológicas (Ciências Ambientais) |
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