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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50417

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Título: Retratações da memória : os efeitos do colonialismo na subjetividade da mulher negra em um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves
Autor(es): SILVA, Adriana Minervina da
Palavras-chave: Estudos Literários; Colonialismo; Contranarrativa
Data do documento: 31-Jan-2023
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: SILVA, Adriana Minervina. Retratações da memória: os efeitos do colonialismo na subjetividade da mulher negra em um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves. 2023. Tese (Doutorado em Letras) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
Abstract: Este estudo tem por objetivo analisar a narrativa de Um defeito de cor, da escritora Ana Maria Gonçalves. Ambientada no início do século XIX, a narrativa abarca a história de vida de Kehinde, uma mulher negra, nascida em Savalu, África, capturada e trazida ao Brasil para ser escravizada ainda quando criança. Ao longo de sua vida, Kehinde enfrenta muitos desafios pela necessidade de conviver em uma sociedade escravocrata, sob os efeitos da colonialidade do poder (QUIJANO, 2005), de gênero (LUGONES, 2014) e de tantas outras violências. Em sua formação, Kehinde tem a oportunidade de aprender as primeiras letras e tem contato com a literatura. Esse encontro se revela transformador para sua vida, pois por meio de muitas leituras literárias, ela adquire um nível de intelectualidade que a faz encarar a vida de modo diferente, obtendo forças para superar os sofrimentos pelos quais passava. Propomos uma leitura de Um defeito de cor a partir da perspectiva de um romance de formação feminino (PINTO, 1990), pois a narrativa nos apresenta todo o processo formativo da personagem Kehinde em diversas dimensões, intelectual, pessoal, cultural e financeira (MIRANDA, 2019). Reconhecemos em Kehinde a voz de uma contranarrativa histórica (CALADO, 2018), pelo protagonismo ao narrar suas vivências (GINZBURG, 2012), por sua intelectualidade adquirida por meio da literatura (CANDIDO, 1972) e seus movimentos de resistência, mostrando novas possibilidades de autoapresentação da mulher negra na literatura brasileira (EVARISTO, 2005). Com isso, Kehinde se configura enquanto uma mãe preta que muito tem a ensinar, narrar, contar e nutrir literariamente a todos os seus filhos leitores.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50417
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Teoria da Literatura

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