Pedaços de um céu que não é nosso : “esperando o mundo acabar” diante do paradoxo da formação cidadã

Abstract

Ao desacomodar governamentalidades que contornam as vidas (im)possíveis e concedidas por técnicas de assujeitamento de adolescentes, emerge a necessidade de problematizar como projetos de cidadania operam por dispositivos formativos no âmbito das medidas socioeducativas de internação. Nossa intenção foi contribuir para desacomodar a associação entre a aposta messiânica na formação para a cidadania em espaços de privação de liberdade, utilizando-se de contribuições das abordagens arqueogenealógicas para instaurar uma busca pela não conformidade da educação pelo castigo. O resultado dessa discussão interpelou os nossos não tão recentes republicanismos engessadores de pedagogias da austeridade, agora descentralizadas pela sofisticação dos discursos em instituições distópicas.