Descrição da sífilis congênita na região nordeste do Brasil no período de 2010 a 2019

Abstract

Este estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico da sífiliscongênita na região Nordeste do Brasil, no período de 2010 e 2019. Foirealizado um estudo quantitativo descritivo, de corte transversal, utilizando-se dados secundários de domínio público do Sistema de Agravos Notificáveis (SINAN) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde. Foram incluídos os casos de sífilis congênita registrados nos noveestados nordestinos, entre janeiro de 2010 e dezembro de 2019. Entre 2010 a 2019, foram notificados 52.138 casos de SC no Nordeste do Brasil. A maioria das gestantes com sífilis encontravam-se na faixa etária de 20-29 anos. Mais de dois terços dessas gestantes (83,12%) eram de cor da pele parda e 47,90% possuíam escolaridade de Ensino Fundamental incompleto. Apenas 0,85% possuíam ensino superior completo. Em relação à realização do pré-natal, Grande parte (84,30%) realizaram o acompanhamento. A atuaçãoda Atenção Primária à Saúde por meio do Programa de Saúde da Família éessencial no combate à transmissão vertical da sífilis, considerando-se que elaé a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto as equipessão o elo mais próximo entre profissional e paciente, tendo muito a colaborar para a mudança no quadro epidemiológico da sífilis congênita no país.