Implementação da metodologia BIM nos projetos da secretaria de esportes do Recife

Abstract

O Building Information Modeling (BIM) é uma das tecnologias que está revolucionando o setor da construção civil. A transição de uma metodologia de projeto arquitetônico baseada em CAD (Computer Aided Design) para uma metodologia BIM transformou um sistema que simula o desenho manual em um que simula o processo de construção. Ferramentas aprimoradas para visualização e compatibilidade de sistemas de construção relacionados ao BIM podem fornecer soluções que levam a menos erros de projeto e, consequentemente, menos erros de construção. Apesar desse potencial e dos incentivos da legislação brasileira, a implantação do BIM no Brasil ocorre lentamente, devido, principalmente, a falta de capacitação técnica. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é fazer um estudo de caso na elaboração de um projeto da Secretaria de Esportes do Recife (SESP), utilizando as tecnologias CAD e BIM. O elemento estudado é o projeto de um parque com um complexo esportivo. A elaboração do projeto arquitetônico foi feita nos softwares AutoCAD e Revit. A renderização do projeto foi feita no próprio Revit, bem como, no Lumion. Foi aplicado a realidade aumentada no Augin e a realidade virtual no BIMx. A utilização do Revit em detrimento do AutoCAD proporcionou uma diminuição de erros, diminuição de tempo e uma maior qualidade do trabalho. A capacidade de criar imagens renderizadas no sistema BIM (Revit e Lumion) forneceu uma melhor compreensão dos itens, além de criar uma aparência mais realista. Além das apresentações, o uso de softwares como BIMx e AuginAPP também contribuiu para uma melhor visualização dos interessados no projeto, pois há a possibilidade de criação de modelos de realidade virtual e aumentada. Dessa forma, a abordagem de projeto BIM trouxe grandes ganhos em termos de produtividade, detalhamento, economia de tempo e redução de erros. No entanto, observa-se que ainda existem algumas barreiras ao uso do BIM pois, é necessário a utilização de computadores mais potentes, a curva de aprendizado mais rápida e falta de profissionais treinados.