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Título: Interpretação paleoambiental da formação Tambaba (eoceno) da subbacia Alhandra, bacia paraíba, por meio de estudos sedimentológicos, estratigráficos e geoquímicos
Autor(es): VERAS, José Diego Dias
Palavras-chave: Geociências; Formação Tambaba; Calcários recifais; Bacia Paraíba
Data do documento: 27-Jul-2022
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: VERAS, José Diego Dias. Interpretação paleoambiental da formação Tambaba (eoceno) da subbacia Alhandra, bacia paraíba, por meio de estudos sedimentológicos, estratigráficos e geoquímicos. 2022. Tese (Doutorado em Geociências) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.
Abstract: A Formação Tambaba possui idade Eocênica e ocorre de forma restrita em superfície na região costeira norte da Bacia Paraíba. Anteriormente, os depósitos carbonáticos constituintes desta unidade eram frequentemente citados como Formação Marinha Farinha Superior, admitindo-se uma formação estratigráfica distinta da Formação Marinha Farinha (de idade Paleocênica). Este trabalho teve como objetivo a construção de um modelo paleoambiental dos calcários recifais da referida formação através de estudos sedimentológicos, estratigráficos e geoquímicos. Os afloramentos estudados estão localizados na faixa costeira entre as praias de Tambaba, Coqueirinho e Jacumã, no estado da Paraíba. Estes depósitos carbonáticos apresentam um aspecto coquinoide e devido à erosão, um aspecto ruiniforme irregular. Porções acumuladoras de bivalves e gastrópodes propiciaram um intenso processo de bioerosão, causado principalmente por organismos perfuradores. Além disso, esses depósitos apresentam uma intensa variação de fácies que foram caracterizadas através de microscopia óptica e catodoluminescência entre Mudstones, Wackestones e Packstones. São compostas essencialmente por uma matriz micrítica com a presença ainda de pirita e sílica em menores proporções, entretanto, as fácies sofrem o processo diagenético de substituição de calcita por dolomita (dolomitização). Outros processos diagenéticos como dissolução, cimentação e compactação foram identificados nos estudos petrográficos. A evidência de bastante piritização substituindo valvas e fragmentos de bioclastos, e substituindo tubos de Thallassinoides, e indicam um estágio eodiagenético. Os valores de δ13C variam de 1.0 a 2.8‰ e os de δ18O, de -1.3 a 1.8‰ VPDB, sugerindo deposição em ambiente de plataforma rasa restrito. Análises químicas de rocha total sugeriram alterações diagenéticas, como dedolomitização (Mn/Sr varia de 0.6 a 28) e dolomitização sugerido pela alta razão Mg/Ca (0.5 a 0.6). Além disso, os baixos teores de SiO2 e Al2O3 (0.0 a 0.5) corroboram o baixo influxo de materiais terrígenos. Esses dados sugerem mudanças ambientais, como aumento ou diminuição da bioprodutividade dos organismos que compõem esses calcários recifais. Essas mudanças também são registradas no comportamento dos elementos maiores e traços - por exemplo, a relação entre SiO2, Al2O3, MgO e CaO, caracterizando dois ciclos diferentes durante a deposição desses calcários: o primeiro caracterizado por uma deposição predominantemente carbonática, e o segundo apresentando pulso de conteúdo siliciclástico. Além disso, os valores de paleotemperatura (9- 15°C, estimados a partir de dados de δ18O) obtidos, juntamente com os perfis quimioestratigráficos (por exemplo, δ13C, CaO, MgO, SiO2, Al2O3), indicam que os calcários de recife da Formação Tambaba foram provavelmente depositados cerca de 5 Ma após o evento Paleoceno-Eoceno Térmico Máximo.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51613
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