Avaliação do estado nutricional, percepção de imagem corporal e transtornos alimentares em idosas: uma revisão da literatura

Abstract

O processo de envelhecimento é caracterizado por alterações físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais, podendo afetar o estado nutricional dos idosos. A não aceitação dessas transformações, especialmente pelas idosas, pode influenciar na percepção da imagem corporal e qualidade de vida. Alguns métodos são utilizados pelos idosos como alternativa de reverter essas mudanças, tais como, alterações nos hábitos alimentares, aumento dos exercícios físicos e uso de medicamentos, podendo levar ao desenvolvimento de transtornos alimentares. Este trabalho tem como objetivo revisar na literatura científica dados sobre o estado nutricional, percepção de imagem corporal e risco de desenvolvimento de transtornos alimentares em idosas. Trata-se de uma revisão descritiva da literatura, cuja busca foi realizada nas bases de dados PubMed, Scielo e Lilacs, sendo utilizados os descritores “Idosas”, “Imagem Corporal”, “Distúrbios da Imagem Corporal” e “Transtornos Alimentares”. Foram incluídos artigos originais em língua portuguesa, inglesa e espanhola, que investigassem o estado nutricional, a percepção da imagem corporal e desordens alimentares em idosas. Após a análise, 7 estudos foram incluídos, visto que as suas características atendiam a finalidade da pesquisa. Os artigos encontrados identificaram que as mulheres, classificadas com sobrepeso ou obesidade, tendem a apresentar maior insatisfação com sua imagem corporal, sendo consideradas como o gênero mais insatisfeito e com menor qualidade de vida. Também, as mulheres adultas jovens obtiveram maior prevalência para os transtornos alimentares, demonstrando que as adolescentes do sexo feminino não são a única faixa etária vulnerável às desordens. Os aspectos alimentares, físicos, psicológicos e sexuais também foram influenciados nesse processo de não aceitação da imagem corporal. Uma das estratégias utilizadas é a restrição alimentar ou uso de medicamentos, como os laxantes e diuréticos, para controle de peso, configurando-se como características dos transtornos alimentares. Dessa forma, faz-se necessário o desenvolvimento de mais estudos com esse público. Políticas públicas devem ser adotadas para prevenir, diagnosticar e obter tratamento em tempo oportuno, bem como devem ser desenvolvidas estratégias educativas com o intuito de desenvolver o senso crítico daqueles que recebem e compartilham nas mídias sociais, podendo diminuir o impacto dessas informações na qualidade de vida dessas idosas.