Proposta de manual de operação de uma estação de tratamento de esgoto para indústria de alimentos

Abstract

Saneamento básico é um conjunto de serviços públicos que englobam desde o abastecimento de água e esgotamento sanitário até a limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. Com o aumento da urbanização e do crescimento industrial, a garantia de saneamento básico para todos não só vem sofrendo impactos, como também o meio ambiente com o aumento da carga de resíduos sólidos descartados de forma errada. Dessa forma, é importante que o Estado participe de forma ativa na preservação dos recursos naturais, bem como da universalização dos serviços essenciais, instituindo órgãos fiscalizadores que possam ajudar as grandes empresas a pensarem de forma mais sustentável em relação aos seus efluentes produzidos. Com isso, os investimentos em projetos de estação de tratamento de efluentes (ETE) por parte das empresas vem ganhando mais espaço, não apenas como uma necessidade para se encaixar dentro das normativas do Estado, mas também como uma oportunidade de obter receitas financeiras e melhoramento da imagem diante da sociedade. O objetivo de uma ETE é oferecer ao efluente coletado tratamentos adequados, de modo que as substâncias indesejáveis sejam removidas e assim não causem efeitos nocivos ao meio ambiente. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi propor a elaboração de um manual de operação de uma estação de tratamento de esgoto para uma empresa do segmento alimentício, a partir de um projeto inicial da construção da ETE. Por se tratar de uma ETE desativada, alguns procedimentos iniciais de segurança e padronização dos registros de controle foram desenvolvidos para reativar e manter o sistema em funcionamento. Além disso, a proposta orienta em relação à elaboração de procedimentos e instruções operacionais das unidades de tratamento da ETE, bem como as análises físico-químicas para monitoramento dos parâmetros de controle. Como resultado, foi possível assim estabelecer os parâmetros de controle da ETE e suas análises para desenvolvimento dentro da própria unidade, bem como desenvolver modelos de procedimentos operacionais que podem servir como padrão para futura construção do manual de operação oficial da empresa.