Das folhas amareladas para o digital : superando os desafios na digitalização dos jornais do Jornal Pequeno

Abstract

Esta pesquisa contribui no acesso e disseminação da memória impressa por meio da eficiência e efetividade em melhores práticas de digitalização em jornais do século XX. De abordagem quali-quantitativa e descritiva, utilizou a pesquisa-ação e análise de conteúdo, utilizando o Jornal Pequeno como objeto de estudo. O agente de deterioração mais presente foram as intervenções inadequadas em todas as décadas analisadas, os fatores ambientais são o segundo agente de deterioração com maior presença no acervo do Jornal Pequeno e a única década que se diferencia das restantes nos danos por fatores ambientais é a de 1960, onde o tipo de papel é diferente e existe uma maior predominância de ataques por agentes biológicos, ocasionando em danos mais graves como a perda do suporte. O agente com menor incidência, mas tão danoso quanto, são os agentes biológicos. Dentro da esfera da digitalização, as maiores entraves encontradas em relação aos agentes de deterioração são a perda do suporte, onde consequentemente há perda da informação contida nos documentos. Além desse fato, a fragmentação das páginas e danos que afetam a informação contida são difíceis de serem contornadas. Outro problema constante se diz em relação ao manuseio dos documentos devido a fragilidade do suporte, dificultando o processo da digitalização e tornando-o mais lento. Espera-se que a matriz de danos desenvolvida possa contribuir na identificação e classificação dos danos presentes nos exemplares do Jornal Pequeno e possibilite favorecer o processo de digitalização, pois oferece uma referência para o tratamento dos danos, permitindo uma abordagem para melhor prática.