Avaliação histomorfométrica do timo e linfonodos axilares de ratas Wistar expostas ao extrato aquoso de Pseudobombax marginatum (A. St.-Hil.) A. Robyns

Abstract

A caatinga é um bioma que apresenta um clima semiárido e espécies de plantas com potenciais terapêuticos promissores. Dentre as espécies encontradas neste bioma, tem-se a Pseudobombax marginatum, conhecida popularmente como “Embiratanha”, e que pertence à família Malvaceae. Esta espécie é muito utilizada por comunidades tradicionais para fins terapêuticos, como no tratamento de asma, tosse e cálculo renal, e é relatada na literatura com atividades biológicas, como anti-inflamatória, antinociceptiva, antibacteriana e antioxidante. Mas apesar disso, ainda não há estudos científicos sobre o seu perfil toxicológico. Recentes estudos demonstram efeitos colaterais de plantas medicinais sobre o timo e os linfonodos de ratos Wistar e camundongos. Estes órgãos fazem parte do sistema imunológico e desempenham funções imprescindíveis, como a produção da maioria dos linfócitos T e a maturação dos linfócitos B, respectivamente. À vista disso, o presente trabalho teve por objetivo avaliar histomorfometricamente o timo e os linfonodos axilares de ratas Wistar expostas ao extrato aquoso de P. marginatum. Foram utilizadas 10 ratas Wistar, distribuídas aleatoriamente no grupo controle (n=5) que receberam água destilada e no grupo tratado (n=5) que receberam em dose única 2000 mg/kg de extrato aquoso de P. marginatum. Os animais foram monitorados durante 14 dias. No décimo quarto dia os animais foram eutanasiados e, em seguida, foi realizada a coleta dos órgãos para a análise histomorfométrica. Os resultados obtidos a partir dessa avaliação, do timo e dos linfonodos axilares das ratas Wistar tratadas com o extrato aquoso da P. marginatum, não divergiram do grupo controle. Como exemplo, está o peso dos timos (GC = 0,48 ± 0,04 e GT = 0,46 ± 0,03) e linfonodos axilares (GC = 0,068 ± 0,013 e GT = 0,060 ± 0,015) dos grupos em questão. Logo, a quantidade de linfócitos dos linfonodos axilares, de timócitos e células reticulares do timo, assim como a área do córtex e da medula desse último órgão não apresentaram diferenças significativas entre o grupo controle e o grupo tratado. Dessa forma, pode-se concluir que o extrato aquoso de P. marginatum em dose única de 2000 mg/kg por via oral não provocou alterações na microanatomia dos órgãos analisados.