Mortalidade infantil em crianças prematuras: prevalência e fatores associados em Pernambuco, entre os anos de 2017 e 2021

Abstract

A prematuridade definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como o nascimento precoce de RN’s antes das 37 semanas completas de gestação, é um problema evitável, sendo a principal causa para o óbito ainda no período neonatal e a segunda para a mortalidade em crianças menores de 5 anos. Nessa perspectiva, o objetivo geral da pesquisa foi analisar a prevalência e fatores associados à taxa de mortalidade de crianças prematuras em Pernambuco, entre os anos de 2017 a 2021. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, utilizando-se dados de óbito do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), disponibilizados para tabulação do Tabwin. O estudo foi realizado em duas etapas: (i) Descrição da prevalência de prematuridade nas crianças <1ano que foram a óbito em Pernambuco, entre os anos de 2017 a 2021, segundo ano (ii) Identificação da prevalência dos fatores relativos à mãe, à criança e à assistência à saúde e do óbito associados ao óbito de crianças prematuras residentes em Pernambuco no período de 2017 a 2021. Foram registrados 662.300 nascidos vivos, dos quais 71.588 foram prematuros. Sendo registrado também durante o mesmo período 8.057 óbitos em <1 ano, dentre esses 4.686 foram prematuros, o estudo revelou que o percentual de prematuridade foi 5,5 vezes maior quando comparado ao conjunto dos nascidos vivos. Além de uma associação estatística dos óbitos infantil ocorridos em menores de 1 ano quando relacionado ao sexo da criança, faixa etária e peso ao nascer. Portanto, os fatores associados à prematuridade apresentam-se como fatores de risco para a mortalidade infantil no estado de Pernambuco, indicando assim falhas na assistência à saúde.