Política pública de saúde: análise do funcionamento das Unidades de Pronto Atendimento de Pernambuco.

Abstract

A presente pesquisa teve por objetivo analisar o funcionamento das Unidades de Pronto Atendimentos 24h de Pernambuco como parte da política pública de saúde do Sistema Único de Saúde. As políticas públicas surgem para enfrentar um problema público, e as Unidades de Pronto Atendimentos foram implantadas estrategicamente com o intuito de compensar a insuficiência da atenção básica, mas principalmente aliviar a superlotação nas emergências hospitalares, sendo ainda configuradas para estabelecer a relação entre ambos. Neste estudo, as Unidades de Pronto Atendimentos foram caracterizadas quanto ao Porte, Opção de Funcionamento, Modalidade e conformação Regional de Saúde no estado. Além disso, em relação aos métodos, adotou desenho de estudo longitudinal, utilizou-se de abordagem quantitativa e delineamentos descritivo e exploratório para analisar o comportamento dos atendimentos ambulatoriais realizados nas unidades no período dos anos de 2018 a 2022. Através da análise estatística dos atendimentos ambulatoriais foi possível inferir que as Unidades de Pronto Atendimentos seguiram um fluxo positivo de atendimentos pré pandemia (anos de 2018 e 2019). No entanto, o período pandêmico (mais especificamente o ano de 2020), apontou um despreparo no sistema de saúde quanto a capacidade de realizar plenamente suas funções e suprir de maneira significativa a assistência à saúde da população. Sendo assim, voltou a readaptar-se a partir do ano de 2021, progredindo em crescimento no ano de 2022, mas sem alcançar o patamar de atendimentos encontrados antes da pandemia.