Arquitetos e a habitação de interesse social: Uma análise crítica da formação e do perfil profissional do arquiteto e urbanista em relação ao problema habitacional no Brasil.

Abstract

Ser arquiteto e urbanista diante do contexto habitacional atual no Brasil, onde uma quantidade significativa de moradias são consideradas inadequadas para se morar, trás o pensamento sobre a sua função social e qual o seu papel diante dessa problemática. Na busca por fazer uma relação entre a profissão e a realidade habitacional, o seguinte trabalho tem como objetivo realizar uma análise crítica sobre a formação acadêmica e a atuação profissional do arquiteto e urbanista diante da realidade habitacional do Brasil. Assumindo dessa forma o profissional Arquiteto e Urbanista como um agente importante no enfrentamento do déficit habitacional, é essencial discutir o conteúdo de sua formação acadêmica, identificando nessa fase a importância para a construção do profissional em atuação. Pesquisa histórica acerca das intervenções estatais na questão da habitação, e o estudo da trajetória de debates no meio profissional sobre o tema da habitação de interesse social, servem de embasamento para uma discussão atual a respeito do que precisa ainda ser feito para que cresça cada vez mais o número de profissionais interessados em trabalhar com a assessoria técnica em habitação. Diante disso, o tema da habitação de interesse social permanece distante das diretrizes nacionais curriculares para o curso, deixando em aberto a experiência com a temática para os futuros profissionais, o que precisa ser revisto, trazendo como estudo de caso instituições localizadas em Recife, Pernambuco, e região metropolitana. Empresas sociais, cooperativas e organizações em Recife servem como modelo de atuação profissional imerso em uma atividade social, em vista a promover qualidade de vida através da moradia digna. Há espaço e necessidade para atuar em habitação de interesse social, com incentivo e parceria governamental, é preciso e urgente abraçar essa causa.