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Título: A linha tênue entre a ascensão social e o endividamento estudantil : o Fies nos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer a partir do olhar dos beneficiários
Autor(es): SILVA, José Vandcarlos Vasconcelos da
Palavras-chave: Ensino superior; FIES; Mobilidade social; Políticas públicas de educação
Data do documento: 10-Mar-2023
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: SILVA, José Vandcarlos Vasconcelos da. A linha tênue entre a ascensão social e o endividamento estudantil: o Fies nos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer a partir do olhar dos beneficiários. 2023. Dissertação (Mestrado em Educação Contemporânea) – Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, 2023.
Abstract: No âmbito das políticas educacionais, no ano de 1999, o antigo Crédito Educativo (Creduc) dava lugar ao Fies. O governo Fernando Henrique Cardoso, ao criar o novo programa objetivava diminuir os índices de inadimplência e elaborar um novo formato para o programa educacional. Desde a sua criação, até o ano de 2010, o programa de financiamento estudantil, pareceu pouco atraente aos estudantes e desse modo possuía um pequeno percentual de estudantes beneficiários. O presidente Luís Inácio Lula da Silva, ao diminuir as taxas de juros de 6% para 3,4% e aumentar o período de carência, estaria contribuindo para um substancial aumento no número de contratos, doravante, pouco mais de 1,8 milhão de estudantes seriam diretamente beneficiados durante as gestões Dilma Rousseff (2011-2016). Em decorrência de um cenário de crise econômica, pós 2014, muitos estudantes usuários do programa de financiamento, passaram a ter mais dificuldades para quitar as mensalidades do Fies, tornando-se inadimplentes. A gestão Dilma Rousseff realizou modificações no programa a fim de tornar a acessibilidade mais dificultosa, medidas que foram ampliadas na gestão do ex presidente Michel Temer (2016-2018). O Fies, enquanto política pública educacional objetiva atender substancialmente jovens de classes sociais menos favorecidas, de tal sorte, esses jovens sonham com o diploma de ensino superior, e por conseguinte, ascensão social. Em um panorama de crise econômica, a inadimplência para com o programa e o desemprego, tornaram-se desafios para esses jovens. Ao longo do nosso trabalho utilizamos alguns teóricos que nos ajudaram a refletir sobre nosso objeto de pesquisa, nesse sentido, Chaves (2010) contribuiu para compreendermos as reverberações dos organismo financeiros internacionais sobre as políticas de financiamento estudantil. Botelho e Pessoa (2016) foram substancialmente importantes para nos ajudar a refletir sobre como as mudanças de acessibilidade no Fies contribuíram para um aumento exponencial de benecifiários do programa, fenômeno que também ocasionou o acesso de estudantes que após formados não conseguiram pagar o financiamento do seu curso. Nesse sentido, Perez (2015) nos ajuda a pensar sobre como o endividamento estudantil reverbera sobre a renda dos estudantes recém formados. Por último, Hobmeir (2020) nos leva a refletir sobre as razões que contribuem para o endividamento estudantil, percebemos questões como as dinâmicas do mercado de trabalho, a falta de planejamento do estudante, a insuficiência de renda, dentre outros aspectos. Buscando compreender o processo de inadimplência estudantil, nossa pesquisa utiliza-se do conceito “contexto dos resultados/efeitos” do “ciclo de políticas” de Stephen Ball e Richard Bowe (1992), possuindo como sujeitos de pesquisa, estudantes de História da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru, que cursaram suas graduações entre 2015-2018, respectivamente os dois primeiros anos do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff e os dois anos do presidente Michel Temer.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/57544
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Educação Contemporânea / CAA

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