Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/58752
Compartilhe esta página
Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
---|---|---|
dc.contributor.advisor | NEVES, Ciani Sueli das | - |
dc.contributor.author | CAPANO, Marina de Santana | - |
dc.date.accessioned | 2024-11-12T00:04:10Z | - |
dc.date.available | 2024-11-12T00:04:10Z | - |
dc.date.issued | 2024-10-14 | - |
dc.date.submitted | 2024-10-23 | - |
dc.identifier.citation | CAPANO, Marina de Santana. Violência obstétrica como violação dos direitos fundamentais da mulher: avaliação da atuação do judiciários sob a ótica do TJPE, STF e STJ. 2024. Trabalho de Conclusão de Curso (Direito) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/58752 | - |
dc.description.abstract | A violência obstétrica é uma violação grave dos direitos fundamentais da mulher, manifestando-se em práticas desrespeitosas e intervenções não consentidas durante o parto. Essa realidade é reflexo de uma estrutura social e institucional que desvaloriza a autonomia das mulheres. Fatores como raça, classe e condição socioeconômica influenciam diretamente a experiência das mulheres durante o parto, levando a um aumento das taxas de violência obstétrica entre grupos mais vulneráveis. O estudo trata-se de uma análise jurisprudencial e teve como objetivo geral analisar como o Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal têm atuado frente às demandas pertinentes à violência obstétrica no Brasil a partir da Recomendação CNJ nº 128 de 15 de fevereiro de 2022 até o mês de agosto de 2024. Foi utilizada a metodologia de Análise de Conteúdo de Laurence Bardin, que envolve fases de pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados. As categorias utilizadas foram fundamentadas nas classificações propostas por Bohren et al. (2015), que delineiam sete formas distintas de violência obstétrica: abuso físico, abuso sexual, abuso verbal, preconceito e discriminação, falha em atender aos padrões profissionais de atendimento (carência de atendimento), mau relacionamento entre profissionais e parturientes, condições e restrições do sistema de saúde (falta de estrutura). No total, foram analisados 33 acórdãos. Não foram identificados acórdãos do Supremo Tribunal Federal provenientes de recursos extraordinários relacionados à violência obstétrica. Os resultados evidenciaram a confusão conceitual entre violência obstétrica e erro médico, que prejudica a responsabilização adequada dos profissionais de saúde. A maioria dos casos de violência obstétrica registrados está vinculada a atendimentos em hospitais públicos, destacando a vulnerabilidade das mulheres atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa aponta que mulheres de classes populares são frequentemente pressionadas a aceitar intervenções médicas, exacerbadas pela falta de recursos nos serviços públicos. Os acórdãos analisados revelam uma sistemática violação dos direitos fundamentais das mulheres, incluindo o direito à saúde, os direitos sexuais e reprodutivos, o princípio da dignidade da pessoa humana, o princípio da autonomia e o direito à informação das parturientes, tornando-as mais suscetíveis a abusos. A análise revela uma visão tecnicista do parto, ignorando a complexidade da experiência feminina e as dinâmicas de poder que influenciam as relações entre profissionais de saúde e pacientes. Ademais, há uma subvalorização da violência psicológica no sistema jurídico, indicando a necessidade de mais estudos e atenção sobre o tema. | pt_BR |
dc.format.extent | 48p. | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | openAccess | pt_BR |
dc.rights.uri | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ | * |
dc.subject | violência obstétrica | pt_BR |
dc.subject | violência de gênero | pt_BR |
dc.subject | direitos fundamentais | pt_BR |
dc.subject | parturientes | pt_BR |
dc.title | Violência obstétrica como violação dos direitos fundamentais da mulher: avaliação da atuação do Judiciário sob a ótica do TJPE, STF E STJ | pt_BR |
dc.type | bachelorThesis | pt_BR |
dc.contributor.authorLattes | http://lattes.cnpq.br/3297874408823357 | pt_BR |
dc.degree.level | Graduacao | pt_BR |
dc.contributor.advisorLattes | http://lattes.cnpq.br/9954162007551741 | pt_BR |
dc.description.abstractx | Obstetric violence is a serious violation of women's fundamental rights, manifesting in disrespectful practices and non-consensual interventions during childbirth. This reality reflects a social and institutional structure that devalues women's autonomy. Factors such as race, class, and socioeconomic status directly influence women's experiences during childbirth, leading to increased rates of obstetric violence among more vulnerable groups. The study is a jurisprudential analysis aimed at examining how the Court of Justice of the State of Pernambuco, the Superior Court of Justice, and the Supreme Federal Court have acted regarding cases of obstetric violence in Brazil, starting from CNJ Recommendation No. 128 dated February 15, 2022, until August 2024. The methodology used was Laurence Bardin's Content Analysis, which involves phases of pre-analysis, exploration of the material, and treatment of the results. The categories used were based on the classifications proposed by Bohren et al. (2015), which outline seven distinct forms of obstetric violence: physical abuse, sexual abuse, verbal abuse, prejudice and discrimination, failure to meet professional care standards (lack of care), poor relationships between professionals and parturients, and conditions and restrictions of the health system (lack of structure). A total of 33 judgments were analyzed. No judgments from the Supreme Federal Court related to extraordinary appeals concerning obstetric violence were identified. The results revealed a conceptual confusion between obstetric violence and medical error, which hampers the proper accountability of health professionals. Most recorded cases of obstetric violence are linked to care in public hospitals, highlighting the vulnerability of women served by the Unified Health System (SUS). The research indicates that women from lower socioeconomic classes are often pressured to accept medical interventions, exacerbated by the lack of resources in public services. The analyzed judgments reveal a systematic violation of women's fundamental rights, including the right to health, sexual and reproductive rights, the principle of human dignity, the principle of autonomy, and the right to information for parturients, making them more susceptible to abuse. The analysis reveals a technicist view of childbirth, ignoring the complexity of women's experiences and the power dynamics influencing relationships between health professionals and patients. Furthermore, there is an undervaluation of psychological violence in the legal system, indicating a need for more studies and attention to the issue. | pt_BR |
dc.subject.cnpq | Áreas::Ciências Sociais Aplicadas::Direito | pt_BR |
dc.degree.departament | ::(CCJ-DDPGP) - Departamento de Direito Público Geral e Processual | pt_BR |
dc.degree.graduation | ::CCJ-Curso de Direito | pt_BR |
dc.degree.grantor | Universidade Federal de Pernambuco | pt_BR |
dc.degree.local | Recife | pt_BR |
dc.identifier.orcid | https://orcid.org/0009-0004-2181-8159 | pt_BR |
Aparece nas coleções: | (CCJ) - TCC - Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
TCC Marina de Santana Capano.pdf | 1,36 MB | Adobe PDF | ![]() Visualizar/Abrir |
Este arquivo é protegido por direitos autorais |
Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons