Estudo da atividade antioxidante, citotóxica e genotóxica do ácido gálico como um potencial agente radioprotetor

Abstract

O uso das radiações ionizantes cresceu exponencialmente desde a descoberta dos Raios X em 1895, estando presente atualmente em diversas áreas como na medicina, indústria, agricultura, produção de energia, conservação de alimentos, entre outras. Com a grande aplicabilidade dessas radiações, houve também o aumento da exposição dos seres vivos a essas fontes de energia que dependendo do seu uso podem causar efeitos danosos ao organismo. Tais efeitos podem ser somáticos ou genéticos, causando mutações gênicas e até mesmo morte da célula. Desta forma, faz-se necessário a busca de substâncias capazes de proteger os sistemas biológicos dos efeitos indesejados das radiações ionizantes. Neste trabalho, foi avaliada a atividade antioxidante, citotóxica e genotóxica do ácido gálico como um potencial agente radioprotetor. Inicialmente, foi realizada a coleta sanguínea e o isolamento dos linfócitos para realização dos ensaios. Em seguida, foi realizado o teste de viabilidade celular com azul de tripano e a avaliação da atividade antioxidante do ácido gálico por meio do teste de sequestro de radical livre 1,1-difenil-2-picrilhidrazil (DPPH). Posteriormente, foi feito o ensaio alcalino cometa para avaliar a atividade genotóxica do ácido gálico. Para a análise do grau de dano ao DNA, foi utilizado o Índice de Dano (ID) como parâmetro. Os resultados mostraram que o ácido gálico possui baixa toxicidade às células expostas e que a concentração de 150 µg/mL é a que causou menor dano genotóxico, portanto, é um candidato potencial para testes de atividade radioprotetora.