Cem anos de solidão e o massacre das bananeiras : literatura, história e ensino

Abstract

O presente trabalho visa estabelecer conexões entre a escrita literária de Gabriel García Márquez e as representações criadas sobre o Massacre das bananeiras. Cem anos de solidão se tornou uma obra exemplar para compreender o que se convencionou conceituar como “boom da literatura latino-americana”. Após a revolução cubana, todo o continente americano viveu uma efervescência política que irradiou aos campos da literatura, não sendo distinto com García Márquez. Dessa maneira, a escrita ficcional se converteu em uma forma de denúncia ao imperialismo latino-americano, sobretudo a partir do emergente real-maravilhoso. Objetivamos, portanto, compreender três condições fundamentais: 1º) Quem foi Gabriel García Márquez e o quais vivências o influenciaram para a escrita do romance; 2º) Quais significados podemos estabelecer sobre o Massacre das bananeiras para a Colômbia da primeira metade do século XX; e 3º) Como podemos pensar as referidas informações para o ensino de História, visando uma melhor compreensão a respeito da formação das classes trabalhistas latino-americanas – já nas considerações finais.