Skip navigation
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/60076

Compartilhe esta página

Título: Nuances da Guerra Fria Cultural em Pernambuco : intelectuais, instituições e disputas políticas (1960-1965)
Autor(es): GENÚ, Luiz Felipe Batista
Palavras-chave: Intelectuais; Movimento de cultura popular; Promoção social; Fundação Guararapes; Guerra Fria Cultural
Data do documento: 5-Ago-2024
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: GENÚ, Luiz Felipe Batista. Nuances da Guerra Fria Cultural em Pernambuco: intelectuais, instituições e disputas políticas (1960-1965). 2024. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.
Abstract: A tese que se segue aborda as relações entre o campo intelectual e o campo político no Pernambuco do início da década de 1960 a partir de uma noção expandida de Guerra Fria Cultural, entendida como a parte da disputa ideológica entre comunistas e anticomunistas que se manifesta na circularidade de ideias, valores e comportamentos, bem como interfere na produção e recepção de bens simbólicos. Nosso objetivo principal foi o de entender qual o papel que os intelectuais desempenharam nas disputas políticas do período. Ao mesmo tempo, voltamos nosso olhar para as formas como os desdobramentos do campo político, o fazer e refazer das relações, foram capazes de interferir no horizonte de possibilidades do campo intelectual. O enfoque privilegia a administração estadual de Cid Sampaio e a criação da Fundação da Promoção Social, instituição que, entre 1961 e 1963, trabalhou com o governo do Estado na implementação de políticas nas áreas de educação, saúde e habitação. A partir da trajetória da Fundação da Promoção Social (FPS) – criada em resposta ao Movimento de Cultura Popular (MCP) – foram traçadas as problemáticas que tecem o enredo da tese: o que é um intelectual e qual seu lugar político? Qual a configuração do campo intelectual do Recife a partir de 1960 e de que maneira a Fundação da Promoção Social e o Movimento de Cultura Popular interferem no campo? A metodologia utilizada teve como base a análise de um corpo documental amplo, composto por periódicos (jornais e revistas), documentações oficiais de governos e instituições públicas ou privadas. A documentação também incluiu produtos artísticos, como uma peça de teatro e um longa-metragem. O aporte teórico privilegiou a teoria dos campos sociais de Pierre Bourdieu, as reflexões sobre os intelectuais e suas formas de sociabilidades de Jean-François Sirinelli e Raymond Williams e o conceito de intelectual mediador. Constatamos que na década de 1960, as instituições estudadas – FPS e MCP – assumiram o protagonismo no planejamento e aplicação de políticas públicas em Pernambuco, o que contribuiu para validar os projetos de governo. Simultaneamente, os investimentos públicos voltados para a criação de instituições que acomodassem esses intelectuais contribuíram para a expansão do campo intelectual e interferiram em sua dinâmica interna. FPS e MCP também se tornaram pontos de atração para grupos de intelectuais de fora de Pernambuco que tinham afinidades ideológicas com uma ou outra instituição. Outro resultado importante foi o desenho de uma cartografia de instituições onde a intelectualidade ligada a direita pernambucana era formada e vivenciava suas sociabilidades. Por fim, também foi observado o estabelecimento de um modelo de gestão educacional autárquica que – no que se refere aos seus aspectos burocráticos de funcionamento – sobreviveu ao golpe militar de 1964 e orientou a criação de uma terceira instituição educacional, a Fundação Guararapes.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/60076
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - História

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
TESE Luiz Felipe Batista Genú.pdf3,62 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir


Este arquivo é protegido por direitos autorais



Este item está licenciada sob uma Licença Creative Commons Creative Commons