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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/60131
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Título: | Trajetória dos linfócitos T CD4 ao longo do tempo em pacientes que abandonaram o tratamento para tuberculose e a sua associação com óbito em uma coorte de PVHIV, Recife/PE |
Autor(es): | CUNHA, Rossana Gonçalves |
Palavras-chave: | HIV; Contagem de linfócitos; Tuberculose; Sistema imunológico; Análise de classe latente |
Data do documento: | 30-Ago-2023 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | CUNHA, Rossana Gonçalves. Trajetória dos linfócitos T CD4 ao longo do tempo em pacientes que abandonaram o tratamento para tuberculose e a sua associação com óbito em uma coorte de PVHIV, Recife/PE. 2023. Tese (Doutorado em Medicina Tropical) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023. |
Abstract: | A contagem de linfócitos T CD4 é preditora da progressão da doença, da sobrevida e da resposta ao tratamento antirretroviral em pessoas vivendo com HIV (PVHIV). A tuberculose tem impacto adicional no sistema imunológico e o abandono de tratamento para tuberculose leva a persistência da doença que, por sua vez, repercute na recuperação imunológica. A Tese apresenta dois artigos objetivando identificar PVHIV que abandonaram o tratamento para TB diferentes padrões de trajetória da contagem de linfócitos T CD4 e sua associação com o momento de abandono do tratamento e óbito (1o Artigo) e identificar a mudança na contagem dos linfócitos T CD4 antes e após o tratamento para tuberculose naqueles que abandonaram e não abandonaram o tratamento (2o Artigo). Acompanhamos uma coorte de PVHIV maiores de dezoito anos que estavam em uso de ART que iniciaram o tratamento para tuberculose. No 1o Artigo utilizamos análise de classes latentes para identificar diferentes trajetórias de linfócitos T CD4. Na Classe Latente 1 (Trajetória de CD4 alto) foram agrupados indivíduos que tiveram baixa probabilidade (0 a 29%) de ter contagem de CD4 ≤ 200 células/mm3, enquanto que na Classe Latente 2 (Trajetória de CD4 baixo) foram agrupados aqueles que tiveram alta probabilidade (93 a 60%) e na Classe Latente 3 (Trajetória de CD4 variável), aqueles com probabilidade variável (66% a 0%). A chance de abandono de tratamento mais cedo (≤ 90 dias) foi quatro vezes maior na Classe Latente 2 (Trajetória de CD4 baixo). Embora sem significância estatística, a maior frequência dos óbitos ocorreu na mesma Classe Latente. No 2o artigo usamos modelos de regressão linear utilizando REML de efeitos mistos em dois níveis para avaliar aumento ou diminuição de CD4 ao longo do tempo, considerando o tratamento e o abandono do tratamento para tuberculose. Observou-se uma tendência de queda de CD4 antes do início de tratamento para TB (β=-0,3314, p=0,8457) e uma tendência inversa, aumento mensal do CD4 (β=4.61903, p=0.0488) após o início de tratamento. Cerca de 1⁄4 dos pacientes usavam ART no início do tratamento. A resposta imune variou de acordo com os grupos: no grupo de não abandono houve um aumento de CD4 (β=5,46920, p=0,0243) quando comparados ao grupo de abandono (β=0,8138, p=0,8982). PVHIV que usavam ART e que não abandonaram o tratamento para TB apresentaram maior velocidade de aumento nos níveis de CD4, sugerindo melhor recuperação imunológica após o início de tratamento para TB do que os indivíduos que abandonaram. Nestes indivíduos somam-se os efeitos deletérios sobre o pulmão da persistência da doença e o impacto sobre o sistema imunológico. Indivíduos com alta probabilidade de contagem de CD4 ≤ 200 células/mm3 devem ser monitorados para evitar o abandono do tratamento e, assim, prevenir a morte, e aqueles que abandonam necessitam melhor acompanhamento para adequada avaliação clínica e definição terapêutica. Sugerimos novas pesquisas com uma amostra maior e por longo período em PVHIV em uso ART que abandonaram o tratamento para TB para dar suporte às decisões clínicas e para melhor compreensão da resposta imunológica. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/60131 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Medicina Tropical |
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