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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/60133
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Título: | Tratamento neonatal com resveratrol em ratos submetidos à paralisia cerebral : repercussões comportamentais e no hipocampo |
Autor(es): | CALADO, Caio Matheus Santos da Silva |
Palavras-chave: | Ansiedade; Aprendizagem; Lesão cerebral; Memória episódica; Polifenóis; Resveratrol |
Data do documento: | 30-Jul-2024 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | CALADO, Caio Matheus Santos da Silva. Tratamento neonatal com resveratrol em ratos submetidos à paralisia cerebral: repercussões comportamentais e no hipocampo. 2024. Dissertação (Mestrado em Neuropsiquiatria e Ciência do Comportamento) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024. |
Abstract: | A paralisia cerebral é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por uma lesão prematura no cérebro com repercussões na postura e no movimento. Além dos prejuízos motores, nota-se uma série de alterações inespecíficas que comprometem a memória e aprendizagem. O resveratrol, polifenol, apresenta uma série de propriedades antiinflamatórias e antioxidantes, além de promover um aumento da neuroplasticidade, repercutindo em melhoras em aspectos motores, cognitivos e emocionais em lesões cerebrais. Por essa razão, esse estudo teve como objetivo investigar os efeitos do tratamento neonatal com resveratrol sobre a memória episódica, a neuroinflamação e a proliferação celular no hipocampo de ratos submetidos à PC. O projeto teve seu início após aprovação no comitê de Ética da Universidade Federal de Pernambuco (CEUA- 0082/2022). Foram utilizados 60 filhotes ratos machos Wistar que foram divididos em grupos experimentais de acordo com o modelo da PC e da manipulação farmacológica. O modelo da PC associou à anóxia perinatal (P0-P1) e a restrição sensório- motora das patas posteriores (P2-P28). Os animais foram tratados com resveratrol (10mg/kg, 0,1 ml/100g) ou salina (P3-P21) por via intraperitoneal. Os grupos foram formados aleatoriamente, sendo eles: CS (n=15), CR (n=15), PCS (n=15) e PCR (n=15). Após o término do tratamento, foram avaliados nos testes de reconhecimento do novo objeto (TRO), Labirinto em T, Caixa Claro-Escuro, Labirinto Elevado em Cruz (LEC) e foram eutanasiados no P29 para avaliação da expressão gênica e imuno-histoquímica para células Iba+ e BrdU+ do hipocampo. Em comparação com os animais do grupo de CS, os animais com PCS demonstraram um desempenho inferior nas tarefas de memória, demonstrando uma redução no índice de discriminação no TRO no P22 (p<0,0001) e no P27 (p<0,0001), e uma redução da alternância no labirinto em T (p<0,01). Além disso, os animais apresentaram traços comportamentais semelhantes à ansiedade através de um aumento no tempo de permanência no lado escuro da Caixa Claro Escuro no P22 (p<0,0001) e no P29 (p= 0,0117), e um aumento no tempo de permanência nos braços fechados do LEC (P<0,001) no P28. Apesar disso, o tratamento com o resveratrol demonstrou ser capaz de atenuar esses danos, promovendo no grupo PCR um aumento no do índice de discriminação no TRO no P22 (p<0,001) e no P27 (p<0,0001), e um aumento da alternância no labirinto em T (p<0,001), melhorando a formação e recuperação de memórias episódicas de curto e longo prazo. Em adição a isso, os animais do grupo PCR demonstraram uma melhora no comportamento emocional, através de um aumento no tempo de permanência no lado claro da Caixa Claro-Escuro no P22 (p<0,0001) e P29 (p<0,0001), como também um aumento no tempo de permanência nos braços abertos do LEC no P28. Os animais do grupo PCR apresentaram uma redução na expressão gênica da IL-6 (p= 0,0175) e TNF-α (p=0,0007) e um aumento nos níveis de CREB-1 (p= 0,0020). Os animais do grupo PCS apresentaram um aumento do número de micróglias ativadas (Iba+) no DG (p<0,0001), CA1 (p<0,0001) e CA3 (p<0,0001) e uma redução da proliferação celular (BrdU+) no DG (p<0,0001), CA1 (p<0. 0001) e CA3 (p<0,0001), enquanto os animais PCR apresentaram uma redução na porcentagem de micróglias ativadas no DG (p<0,0001), CA1 (p= 0,0014) e CA3 (p<0,0001) e um aumento na proliferação celular no CA1 (p= 0,0003) e CA3 (p= 0,0008). Esses resultados demonstram efeitos promissores do resveratrol na paralisia cerebral reduzindo prejuízos na formação de memórias episódicas de reconhecimento de objetos e localização espacial e as alterações emocionais através da redução da neuroinflamação e do aumento de respostas neuroplásticas através do aumento de CREB-1 e da proliferação celular no hipocampo. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/60133 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado - Neuropsiquiatria e Ciência do Comportamento |
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