Alimentação intuitiva em pessoas idosas com diabetes mellitus usuárias da atenção primária à saúde do município de Vitória de Santo Antão

Abstract

No Brasil, o envelhecimento populacional tem impulsionado o aumento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), que é mais comum nessa parcela da população, sendo o Diabetes Mellitus (DM) uma das principais. A alimentação exerce um papel essencial na saúde, e abordagens inovadoras, como o comer intuitivo (CI), podem auxiliar no controle da doença ao estimular a percepção dos sinais fisiológicos para a ingestão alimentar em pessoas idosas. Considerando que a ingestão alimentar tem um benefício substancial à saúde, intervenções como o CI podem ser uma estratégia promissora de prevenção e promoção da saúde, tendo a atenção primária à saúde (APS) como possível cenário de prática. O trabalho objetivou avaliar o CI em pessoas idosas com Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2), usuárias da APS do município de Vitória de Santo Antão. Estudo de caráter transversal e descritivo de abordagem quantitativa, com a aplicação de dois questionários, um para caracterização da amostra quanto aos aspectos socioeconômicos, demográficos e de estilo de vida e o Escala do Comer Intuitivo - 2 (ECI-2) para avaliar os domínios do CI, realizado com 50 pessoas idosas com DM2 usuárias da APS em zona rural e urbana do município de Vitória de Santo Antão - PE. Os achados demonstraram que as pessoas idosas avaliadas tinham média de idade de 72,12 ±7,2 anos, a maioria era mulheres, habitantes da zona rural, analfabetos e aposentados. Tinham uma média de IMC de 28,7 kg/m² ±5,8 e não faziam prática de exercício físico, mas tinham, na sua maioria, uma alimentação baseada em alimentos in natura. Com relação ao CI, a presente pesquisa verificou que as pessoas idosas investigadas apresentaram uma boa alimentação intuitiva. Pode-se concluir que as pessoas idosas apresentaram uma boa alimentação intuitiva, apesar de terem o diagnóstico de DM2, especialmente em congruência com as necessidades do seu corpo.