Influência da mobilidade do tornozelo e dos comprimentos do tronco e da coxa sobre a amplitude do agachamento profundo (Deep Squat)

Abstract

Na busca por uma vida saudável ou um corpo mais estético, nota-se um aumento pela procura das academias, especialmente pelo treinamento de força (TF). Dentre os exercícios utilizados nas academias, destaca-se o agachamento que é um exercício para membros inferiores comumente utilizado nas academias, por ser um exercício multiarticular que recruta diversos grupamentos musculares, e possui uma boa relação com os movimentos mais funcionais como sentar e levantar. O presente estudo tem como objetivo avaliar a correlação entre a mobilidade de tornozelo e os comprimentos de tronco e fêmur com a amplitude do agachamento profundo ou deep squat (DS). Os 13 voluntários realizaram 3 repetições do DS gravadas separadamente, a escolha do vídeo foi feita depois da análise do ângulo tronco-coxa e escolhido a de valor mediana. Para todas as análises foram feitas as médias e desvio padrão e foram considerados significantes os valores de p<0,05. A correlação entre o comprimento tronco e o ângulo tronco-coxa apresentou uma baixa correlação, como também a correlação entre as variáveis comprimento da coxa e o ângulo tronco-coxa. A amplitude articular do joelho contribuiu significativamente mais para agachar profundamente do que todas as outras articulações em homens e mulheres. Como esperado, a profundidade do agachamento parece ser determinada principalmente pela cinemática do joelho. Assim, o ângulo de flexão do joelho durante o agachamento é recomendado como um parâmetro para descrever muito bem a profundidade do agachamento. Os comprimentos do tronco, comprimento da coxa, e a mobilidade do tornozelo não apresentam correlações significativas na amplitude do movimento do Deep Squat.