Gerenciamento de riscos em inundações em áreas urbanas: Uma Revisão Sistemática da Literatura sobre abordagens para prevenção e mitigação de impactos econômicos

Abstract

O gerenciamento de riscos de inundações urbanas tem se tornado uma preocupação cada vez maior devido à intensificação da sua frequência, magnitude e seus impactos econômicos significativos, exigindo abordagens preventivas e mitigatórias mais eficazes. A necessidade de estratégias integradas impulsionou pesquisas sobre medidas capazes de reduzir os danos financeiros causados por esses desastres. Nesse sentido, foi conduzida uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL) para identificar e sintetizar as principais abordagens de gerenciamento de risco de inundações voltadas à prevenção e mitigação de impactos econômicos, analisando sua evolução ao longo do tempo e avaliando as tendências e metodologias aplicadas ao tema. Para tanto, constatou-se que as medidas estruturais, como diques e sistemas de drenagem, continuam sendo amplamente empregadas devido à sua capacidade de oferecer soluções imediatas, enquanto alternativas inovadoras, como infraestrutura verde e azul, enfrentam desafios relacionados à governança e à integração com sistemas existentes. Por outro lado, medidas não estruturais, como planejamento urbano, avaliação de risco e sistemas de alerta precoce, demonstraram uma ampla adoção e consolidaram-se como fundamentais para reduzir os impactos econômicos das inundações. Além disso, a análise das ferramentas utilizadas evidenciou o papel central dos Sistemas de Informação Geográfica (GIS) e da Modelagem de Risco em Inundação, além do crescimento recente do uso de inteligência artificial e aprendizado de máquina para previsões mais precisas. A predominância de abordagens metodológicas mistas nos estudos analisados sugere a necessidade de integrar análises quantitativas e qualitativas para proporcionar uma compreensão mais abrangente dos riscos e impactos das inundações. Os achados indicam uma tendência crescente de adoção de estratégias integradas e uso de tecnologias emergentes na gestão do risco, com destaque para os anos de 2023 e 2024. Esses resultados podem subsidiar pesquisadores no aprofundamento das abordagens existentes, bem como orientar formuladores de políticas públicas na construção de ações mais eficazes e sustentáveis de prevenção e mitigação de inundações em áreas urbanas.