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Título: Biomonitoração de oligoelementos em sangue e cabelo de profissionais de saúde que atuaram na covid-19
Autor(es): LIRA, Marcelo Belmiro Gomes de
Palavras-chave: Oligoelementos; Sangue total; Cabelo humano; COVID-19; Saúde humana; Biomarcadores
Data do documento: 13-Fev-2025
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: LIRA, Marcelo Belmiro Gomes de. Biomonitoração de oligoelementos em sangue e cabelo de profissionais de saúde que atuaram na covid-19. 2025. Tese (Doutorado em Tecnologias Energéticas e Nucleares) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025.
Abstract: Programas de biomonitoração para oligoelementos essenciais e tóxicos são fundamentais para avaliar a saúde humana e sua relação com comorbidades como infecções causadas por vírus, exemplo à COVID–19. Sendo um dos principais desafio enfrentado pelos profissionais de saúde no combate à COVID-19 o risco de contaminação, o qual ocasionou afastamentos laborais, agravamento do estado de saúde e óbitos. Ademais, esse cenário gerou significativos impactos sobre a saúde mental, manifestados por transtornos de ansiedade generalizada, distúrbios do sono e pelo medo constante de contrair a doença ou transmiti-la a colegas de trabalho e familiares. Os oligoelementos são importantes para o funcionamento adequado do sistema imunológico ajudando a reduzir o stress oxidativo e a inflamação que são comuns na infecção por COVID-19. No caso da deficiência desses nutrientes e a presença de elementos químicos tóxicos, podem comprometer a resposta imune do organismo tornando-o mais suscetível a infecções por COVID-19. Neste contexto, este estudo empregou uma metodologia de coleta e preparação de amostras de sangue que inativasse agentes infecciosos imediatamente após a coleta. Objetivou-se a determinação das concentrações de 13 oligoelementos (Ag, Al, As, Cd, Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni, Pb, V e Zn) por meio de técnicas analíticas, avaliando sua relação com gravidade da infecção por COVID–19. Além disso foi realizada a determinação dos 13 elementos químicos em amostras de cabelo de profissionais de saúde do Hospital Otávio de Freitas na Região Metropolitana do Recife – RMR, Estado de Pernambuco, Brasil. As amostras de sangue e cabelo foram submetidas a tratamento químico com a utilização de ácido nítrico assistida por ultrassom. Materiais de referências certificados para cabelo foram submetidos aos mesmos processos para o controle da qualidade dos procedimentos analíticos. Realizou–se a determinação de elementos químicos essenciais e tóxicos no sangue total, pela Espectrometria de Absorção Atômica com Chama (FAAS) e Espectrometria de Absorção Atômica com Forno de Grafite (GFAAS). A Espectrometria de Emissão Óptica por Plasma Acoplado Indutivamente (ICP–OES) foi utilizada para determinação elementar em amostras de cabelo. Para as concentrações no sangue, foram encontradas diferenças significativas em nível de 95% de confiança entre os três grupos em estudo: o grupo controle (profissionais sem infecção), PASC (profissionais com infecção por COVID–19 com sintomas subclínicos) e graves (pacientes sob internação). Profissionais com COVID–19 apresentam níveis circulantes no sangue mais baixos dos oligoelementos (Al, As, Co, Cu, Fe, Mn, Mo, Ni, Pb e V) do que os níveis presentes nos grupos de controles (saudáveis). Com relação ao status da COVID–19 e aos 13 oligoelementos neste trabalho foi constatado dinâmicas diferentes para cada grupo em estudo, apontando que as alterações fisiológicas provocadas pela infecção tiveram relação com as concentrações circundante dos elementos químicos. Para outras variáveis como a variável raça/cor, foram observadas diferenças significativas (α = 0,05) entre pretos, brancos e pardos para as concentrações dos elementos químicos (Al, As, Cd, Co, Cu, Fe, Mn, Ni, Pb e Zn). Com relação a variável idade, os oligoelementos (Ag, As, Cd, Co e Mn) apresentaram uma relação direta com aumento da idade e o aumento das concentrações circundantes no sangue. Para a variável geográfica (cidades), profissionais provenientes das cidades de Recife e Paulista apresentam as maiores concentrações dos 13 oligoelementos em amostras de sangue. Para as classes de alimentos consumidos, como exemplo aves, carne vermelha, ovos, crustáceos, leite e derivados, assim como carboidratos, não foram encontradas associações com as concentrações mais elevadas de oligoelementos tóxicos como As, Cd e Pb. O tipo sanguíneo O apresentou as maiores faixas de concentração para todos os elementos presentes neste estudo. O fator Rh não apresentou diferença significativa em nível de 95% de confiança para as concentrações dos elementos químicos. Os resultados apontaram que os elementos químicos (Ag, As, Co, Pb e V) podem ser usados como biomarcadores para casos com sintomas subclínicos, enquanto (Al, As, Cd, Cu, Fe, Mn, Mo, Ag e Zn) para casos graves. Com relação aos oligoelementos presentes nas amostras de cabelo não foi encontrado uma relação significante com o histórico dos profissionais e a infecção por COVID-19.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/63800
Aparece nas coleções:Teses de Doutorado - Tecnologias Energéticas e Nucleares

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