Análise do potencial radioprotetor dos compostos bioativos da Bauhinia forticata: uma revisão sistemática.

Abstract

A radioterapia é eficaz no tratamento, mas a exposição à radiação ionizante (RI) pode causar efeitos adversos em tecidos saudáveis. O câncer é uma das principais causas de mortalidade global, caracterizado pelo crescimento descontrolado de células anormais. Diante disso, a busca por compostos radioprotetores naturais é crucial. A Bauhinia forficata, planta nativa da América do Sul, contém compostos bioativos, como flavonoides, taninos e quercetina, com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Este estudo é uma revisão sistemática da literatura sobre os compostos radioprotetores da Bauhinia forficata, seguindo as diretrizes do PRISMA, e abrange artigos de 2012 a 2024 em português e inglês. A coleta de dados foi realizada em bases como Google Acadêmico e PubMed, utilizando descritores específicos. Foram encontrados 854 artigos, dos quais 6 foram selecionados após uma rigorosa triagem baseada em critérios de elegibilidade, com foco na citotoxicidade, segurança e mecanismos moleculares dos compostos bioativos. A quercetina se destacou por reduzir danos ao DNA em células expostas à radiação, com baixa citotoxicidade e ação antioxidante. Estudos de Benkovic et al. (2008) e Siqueira (2013) confirmaram sua eficácia radioprotetora, assim como o própolis. Pesquisas com outros extratos vegetais, como Caesalpinia piramidalis e Anadenanthera colubrina, também evidenciaram proteção contra radiação e baixa toxicidade. Esses compostos bioativos apresentam grande potencial radioprotetor com aplicações clínicas promissoras. Este estudo busca reunir e apresentar os conhecimentos já disponíveis na literatura sobre estratégias que possam complementar a radioproteção.