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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64248
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Título: | O estado e "aristocracia operária" no Brasil contemporâneo: a mediação da luta de classes nos fundos de pensão |
Autor(es): | SANTOS, Tássia Rejane Monte dos |
Palavras-chave: | Aristocracia Operária; Fundos de Pensão; Hegemonia Burguesa |
Data do documento: | 31-Ago-2020 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | SANTOS, Tássia Rejane Monte dos. O estado e "aristocracia operária" no Brasil contemporâneo: a mediação da luta de classes nos fundos de pensão. Tese (Doutorado em Serviço Social) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020. |
Abstract: | Este trabalho é resultado de uma pesquisa sobre a formação e a atuação política da “aristocracia operária” no Brasil. Trata-se de uma análise sobre a mediação política de vetores dirigentes da classe trabalhadora, arregimentados em partidos e sindicatos, no processo de ampliação e consolidação dos fundos de pensão, no Brasil, das últimas décadas. A formação de tais vetores denominados aqui de “aristocracia operária” possui vínculo orgânico com a histórica formação política da classe trabalhadora brasileira, fortemente balizada pelos processos de industrialização e urbanização do país, no final dos anos 1970, marcas indeléveis da consolidação do capitalismo brasileiro, que se realiza sob a batuta de um Estado autocrático burguês. O período de crise do capital, já no final daquela década, coincidiu com a decadência do regime militar e com a ascensão de forças democráticas no seio da organização dos trabalhadores e das massas populares. É nesse contexto, que, surge o novo sindicalismo, um movimento proeminentemente criador de uma consciência corporativa de novo tipo, isto é, uma força galvanizadora das lutas e da organização política dos trabalhadores à época, explicitada na realização de greves gerais, na luta pela abertura democrática, na criação da maior central sindical do país (a CUT) e do PT, um partido referenciado nas lutas operárias, democráticas e populares, tendo seu esteio mobilizador nucleado, especialmente, no operariado fabril (com destaque para o ABCD paulista). Esses instrumentos ganharam uma força política de expressão nacional e galgaram uma trajetória de avanços e de retrocessos na luta de classes, especialmente, no contexto de implantação do neoliberalismo entre nós (1990). Ao longo desse período, a resistência foi se tornando residual e o atrelamento político- ideológico ao projeto burguês ganhou força nas ações parlamentares e sindicais da esquerda, a partir de graduais concessões ou mesmo adoção de pautas propriamente neoliberais, no interior das suas entidades de classe. A hipótese defendida nesta tese é de que a “aristocracia operária”, isto é, vetores do sindicalismo brasileiro e dirigentes políticos ligados especialmente ao Partido dos Trabalhadores, constituiu o segmento político da classe trabalhadora que dirigiu o processo de colaboração de classes, que se inicia na década de 1990 e se completa no momento em que sua cúpula adentra o aparelho de governança do Estado brasileiro, na década seguinte. Um dos aspectos dessa colaboração é tratado, neste trabalho, a partir da relação da “aristocracia operária” com os fundos de pensão, operacionalizada através da simbiose entre a burocracia sindical e a burocracia estatal. É nessa perspectiva, que, analisamos a participação efetiva desses vetores da classe trabalhadora na conformação da hegemonia burguesa e sua correspondente restauração capitalista, no Brasil contemporâneo. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64248 |
Aparece nas coleções: | Teses de Doutorado - Serviço Social |
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