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Título: Trilhas para uma nova trilha : narrativas e práticas de cuidado feministas no fortalecimento da política pública de saúde mental na Região Metropolitana do Recife
Autor(es): SANTOS, Laís Catarine Umbelino dos
Palavras-chave: Movimentos feministas; Cuidado; Movimentos sociais; Política pública; Saúde mental
Data do documento: 23-Fev-2024
Editor: Universidade Federal de Pernambuco
Citação: SANTOS, Lais Catarine Umbelino Dos. Trilhas para uma nova trilha: narrativas e práticas de cuidado feministas no fortalecimento da política pública de saúde mental na Região Metropolitana do Recife. 2024. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2024.
Abstract: As relações entre as lutas feministas e antimanicomiais se expressam na história das políticas públicas no Brasil, entrelaçando-se com os percursos dos movimentos sociais e seus processos de luta e reivindicação por direitos. A história das mulheres cis, trans e travestis e a luta antimanicomial se atravessam desde a construção sócio-histórica da loucura e suas articulações com as relações de gênero até a formação dos movimentos antimanicomiais e a estruturação dos serviços de saúde mental. Esses serviços, em grande parte, têm sido construídos e sustentados por mulheres cis, trans e travestis, seja como trabalhadoras da saúde mental, pesquisadoras ou familiares. Em meio a escancaros de desigualdades sociais, retrocessos e disputas – especialmente no contexto da pandemia da Covid-19 – a Política Pública de Saúde Mental e a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) tem promovido, na prática, rupturas com a lógica manicomial pautada no controle, onde questões de gênero, raça, classe, sexualidade e território são latentes, evidenciando como o colonialismo, sobretudo o capitalismo se sustentam. Assim, esta dissertação objetivou analisar as atuações do Fórum de Mulheres de Pernambuco e da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco desde o contexto da pandemia da COVID-19, com foco nas formas de cuidado desenvolvidas por suas militantes e em como essas práticas contribuem para a articulação política e o fortalecimento das políticas públicas de saúde mental na Região Metropolitana do Recife/PE até o cenário atual estadual que ainda se apresenta através de uma política desmobilizadora no que se refere ao campo das políticas públicas, de maneira a construir redes de fortalecimento entre os movimentos feministas e antimanicomiais, como também entre os movimentos e a Academia. Ancoradas em metodologias etnográficas feministas contracoloniais, o trabalho contou com observações participantes e conversas, apontando para a realização de entrevistas narrativas com uma interlocutora de cada movimento. A entrevista narrativa se deu em dois momentos: 1) Para conhecer os movimentos, suas formas organizativas, suas principais pautas e formas de atuação desde a pandemia da COVID-19 e; 2) com o intuito de compreender se existem e como se dão os processos e práticas de cuidado, os tensionamentos e as ações desenvolvidas entre os movimentos feministas, bem como quais as estratégias traçadas desde o contexto pandêmico para operar em um cenário que impõe restrições e limitações às mobilizações e expressões políticas de esquerda. O material de campo foi trabalhado através da Análise Temática (AT), tendo como pano de fundo os saberes feministas decoloniais e pensamentos contracoloniais, trabalhando com a categoria analítica de campo feminista, desenvolvida por Karla Galvão Adrião (2008), para pensar as esferas (academia, governo, movimento) em que apresentam as diversas formas de articulações e incidências feministas. Assim, através das narrativas das interlocutoras, foi possível perceber, como os movimentos feministas têm se organizado de modo a repensar, desde o contexto pandêmico, suas articulações com o campo da saúde mental, seja no tocante às formas de incidir politicamente ou em estratégias de cuidado em saúde mental no movimento, entendendo enquanto frentes de lutas que se atravessam e que perpassam a história das pessoas que compõem esses espaços, articuladas com questões étnico-raciais, sexodissidentes e de classe, promovendo reflexões no tocante ao lugar dos movimentos feministas no campo da saúde mental, especialmente nas trincheiras da luta antimanicomial em Pernambuco.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64413
Aparece nas coleções:Dissertações de Mestrado - Psicologia

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