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https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64781
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Título: | Construindo um historicamente possível : um estudo sobre assessoria técnica e potenciais metodologias |
Autor(es): | HERMSDORF, Juliana Oliveira |
Palavras-chave: | Assessoria Técnica; Práxis; Interfaces; Formação política; Autonomia |
Data do documento: | 28-Mar-2025 |
Editor: | Universidade Federal de Pernambuco |
Citação: | HERMSDORF, Juliana Oliveira. Construindo um historicamente possível : um estudo sobre assessoria técnica e potenciais metodologias. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Urbano) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2025. |
Abstract: | A natureza desta dissertação se concentra na reflexão e análise da práxis de Assessoria Técnica em Arquitetura e Urbanismo, sobretudo no que tange possíveis metodologias a serem aplicadas na atuação: a metodologia cartográfica, a pesquisa-ação, o uso metodológico de interfaces e o círculo de cultura. A pesquisa explora a importância de fortalecer a autonomia dos assessorados e empoderar a transformação social através da prática, engajando-se em ir além da imposição de conceitos preestabelecidos e assistencialismos. Visto isso, se fez essencial entender o papel do assessor frente às lacunas entre saberes técnicos formais e cotidianos, ancorado no compromisso em buscar equidade nos conhecimentos, na difusão de expertises e troca de saberes. Logo, um dos apontamentos deste trabalho é a indispensabilidade do exercício de formação política nos trabalhos em AT. Isto, somado a incorporação de abordagens teóricas relacionadas à produção desigual do espaço e a marcadores sociais, como questões de gênero, raça, classe e cultura. Esta, tem como objetivo investigar como o embasamento cíclico entre teoria-prática, aplicada no planejamento metodológico, pode consolidar a práxis da Assessoria Técnica a partir da efetividade dos processos participativos, em relação aos seus objetivos, engajamento e na promoção do ganho de autonomia dos envolvidos. Para mais, foi fundamentada em três premissas: (1) a inexistência de neutralidade nas práticas sociais, reafirmando a pesquisa como intervenção, na qual o pesquisador é agente transformador do território, como também transformado por ele ; (2) a essência participativa e coletiva da Assessoria Técnica, que deve ser também formativa, baseada na comunicação e no compartilhamento de saberes; e (3) a estruturação da pesquisa como um ciclo contínuo entre teoria e prática, refletindo a trajetória da autora entre extensão, assessoria e academia. A extensa pesquisa empírica foi feita no contexto do processo de Regularização Fundiária da Ocupação Carolina de Jesus, realizada pela Brigada de Arquitetura do MTST, construída de maneira participativa e valorizando processos, sendo esta uma pesquisa das subjetividades. Como forma de orientar teoricamente, as pesquisas e análises da prática se desenvolveram no Projeto de Extensão Liame, vinculado ao Laboratório Espaço e Política (LEP) da Universidade Federal de Pernambuco, promovendo a construção coletiva do conhecimento aplicado à ação e incentivando um diálogo entre universidade, movimentos sociais e coletivos. Por fim, essa pesquisa buscou dialogar não só com os termos da profissão em si, mas também com sua relação com a cidade, seus espaços e grupos sócio-espaciais. Com isso, não se absteve a uma análise solitária ou construída somente a partir de textos acadêmicos, se fez indispensavelmente teórico-prático e coletiva. Só assim, construindo uma reflexão junto e dialogicamente com diferentes agentes produtores do espaço e vivências, ousei a escrever e contribuir para a reflexão de uma práxis mais democrática descolonizadora e politicamente engajada da Assessoria. |
URI: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/64781 |
Aparece nas coleções: | Dissertações de Mestrado - Desenvolvimento Urbano |
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