Insulinoterapia na Diabetes Mellitus: barreiras enfrentadas pelos pacientes e a relevância do farmacêutico no cuidado ao paciente

Abstract

A diabetes mellitus (DM) é caracterizada por um distúrbio metabólico que consiste em hiperglicemia persistente, decorrente de deficiência na produção de insulina, na sua ação, ou em ambos os mecanismos. Esta doença é classificada em 2 tipos principais: diabetes mellitus tipo 1 e diabetes mellitus tipo 2. A principal abordagem medicamentosa para o tratamento da DM é a insulinoterapia. Este tratamento consiste na administração de insulina que visa simular a produção natural pelo pâncreas, de maneira em que os níveis de açúcar no sangue fiquem regulados. Para isto, são utilizadas insulinas de ação rápida, ultrarrápida, intermediária e prolongada. No entanto, o manejo correto desses diferentes tipos evidencia a complexidade da terapia, que se dá pelo cuidado com a prescrição, o armazenamento, a preparação e administração desse hormônio. Nesta revisão narrativa, foram abordados os principais tipos de DM, insulinoterapia e o cuidado farmacêutico neste processo com o objetivo de descrever a importância destes profissionais na adesão ao tratamento com insulina e na promoção do uso racional desses medicamentos. Para isso, foram consultados entre o ano de 2024-2025, artigos nas bases de dados PUBMED, SciELO e Google Acadêmico, que tenham sido publicados nos últimos 5 anos e redigidos em português. Os resultados encontrados indicaram que o tratamento com insulina, associado a mudanças de hábitos alimentares, contribui significativamente para a redução dos riscos de complicações crônicas decorrentes da DM. Porém, por se tratar de uma terapia mais complexa e invasiva, a adesão e o uso racional da insulina tendem a ser menores quando os pacientes não são acompanhados por profissionais de saúde, o que pode comprometer diretamente sua qualidade de vida. Com isso, a presença do farmacêutico durante o acompanhamento de pacientes com diabetes demonstrou-se fundamental para aumentar a adesão ao tratamento, melhorar o manejo medicamentoso e reduzir erros relacionados à administração e armazenamento da insulina. Além disso, o farmacêutico mostrou-se fundamental na conscientização de pacientes sobre a doença e a importância do controle glicêmico, refletindo diretamente na prevenção de complicações crônicas e na melhoria da qualidade de vida desses indivíduos.