Estudo exploratório sobre os níveis de inovação tecnológica dos estados brasileiros

Abstract

Visando contribuir para uma gestão eficiente dos recursos destinados para o desenvolvimento do processo de inovação tecnológica do Brasil, percebe-se a necessidade de se desenvolver instrumentos que possibilitem fazer o acompanhamento da aplicação desses recursos, bem como avaliar os resultados obtidos. Alinhado com essa necessidade, a proposta desta dissertação tem por objetivo aplicar de forma adaptada os indicadores compostos European Innovation Scoreboard (EIS) e o Innovation Output Indicator (IOI), utilizados pela União Europeia, com o fito de avaliar e comparar os níveis de inovação tecnológica dos estados brasileiros. A escolha desses indicadores se deu pelo grau de maturidade alcançado pelos mesmos. Também, pela proposta de sumarizar a complexidade do processo de inovação, fato que os têm tornados bastante atraentes pelos gestores políticos e públicos em geral dos Estados-Membros daquele continente. A concepção desta pesquisa começou com uma ampla revisão na literatura que faz referências aos temas aqui abordados, caracterizando-a dessa forma como uma pesquisa de cunho exploratório. Posteriormente realizou-se a coleta nas bases de dados do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), Plano Nacional de Educação (PNE), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e Câmara de Comercio Exterior (CAMEX). Após a coleta e inferência de acordo com a disponibilidade dos dados, adaptaram-se os modelos de indicadores propostos aos estados brasileiros. Os resultados propostos inicialmente, a apresentação através de um ranking, dos níveis de inovação tecnológica dos estados. Inferiu-se da análise dos resultados a necessidade de se desenvolver ações que possam aprimorar os pontos fortes e melhorar os pontos fracos apontados pelos indicadores, assim como a necessidade dos estados, desenvolverem pesquisas alinhadas com os indicadores EIS e IOI, com as diretrizes propostas pelos manuais da OCDE para que no futuro seja possível desenvolver índices compostos mais robustos, como os da UE, Banco Mundial e OCDE, que servirão de subsídios estratégicos na tomada de decisões para alcançar o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.