Efeito do exercício aeróbico na qualidade e quantidade de sono em idosas depressivas

Abstract

Introdução: O sono é considerado uma necessidade fisiológica dos seres humanos e com o processo de envelhecimento, ocorrem alterações no padrão da quantidade de sono. Porém em muitos casos a qualidade do sono é mais importante do que a quantidade. Pessoas idosas que apresentam transtorno depressivo, tem maior chance de evidenciar dificuldades para dormir. Com isso, o exercício físico está sendo utilizado como estratégia não-farmacológica, na melhoria dos padrões do sono da população, proporcionando diversos benefícios para os componentes do sono. Objetivo: Verificar a influência do exercício aeróbio na qualidade e quantidade de sono em idosas depressivas. Métodos: Estudo pré-experimental. Participaram da pesquisa 11 idosas, com idade entre 60 e 77 anos (67,4 ± 5,4 anos) diagnosticadas com depressão. Elas assinaram o TCLE e posteriormente foram avaliadas com os questionários de autoavaliação - Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI) e o Diário do sono de sete dias- pré e pós-intervenção. O estudo foi composto de 24 sessões, cada sessão teve duração de 50 minutos contendo alongamento, caminhada e relaxamento, com frequência de 3 vezes na semana. Para analisar os dados foram feitas médias, desvio padrão, tamanho do efeito além do Teste T pareado e o teste de Wilcoxon, realizados no programa SPSS (versão 21), adotando um valor de significância de p<0,05. Resultados: Os resultados mostraram que a partir dos escores do PSQI, a quantidade de idosas que apresentaram boa qualidade de sono antes e depois da intervenção passou de 18% para 64%. Os sete componentes e o escore total do PSQI não mostrou diferença significativa. Já os seis domínios do diário do sono apenas latência e despertares noturnos obtiveram tamanho do efeito significantes (0,30 - pequeno e 0,65 – médio, respectivamente). Conclusão: O exercício físico não apresentou diferença significativa nos escores de cada componente do PSQI nem nas variáveis do diário do sono. Portanto, neste grupo o exercício físico aeróbio não foi eficiente na melhoria da qualidade e quantidade de sono em idosas depressivas.