Avaliação das glândulas parótidas de ratos Wistar induzidos a diabetes mellitus 1 e tratados com extrato metanólico de Allium cepa L. e S-metil-cisteína

Abstract

A diabetes mellitus tipo 1 (DMT1) é uma doença metabólica, caracterizada pela destruição das células beta pancreáticas, levando a baixa produção de insulina e consequentemente, hiperglicemia crônica. Nas glândulas salivares, leva a malformação, danos teciduais e prejuízo na produção de saliva. Allium cepa L., popularmente conhecida como cebola comum, é uma planta de forte potencial medicinal. Sua importância está no fato de que contém vários compostos com princípio ativo, um deles é a S-Metil-Cisteína. Assim, o presente estudo objetivou avaliar através de histomorfometria o efeito de um tratamento com o extrato de Allium cepa L. e S-Metil-Cisteína nas glândulas parótidas de ratos Wistar frente a diabetes mellitus tipo 1. Foram utilizados 35 ratos Wistar machos foram divididos em quatro grupos: Grupo controle (GC; n = 8), grupo diabético sem tratamento (GDST, n = 9), grupo diabético tratado com S-Metil-Cisteína (GDTS, n = 9) e grupo diabético tratado com extrato de Allium cepa L. (GDTE, n = 9). Os animais passaram por indução a diabetes mellitus tipo 1 por aplicação de streptozotocina, em dosagem única de 60 mg/kg de peso do animal. Os animais GDTE e GDTS foram tratados durante 30 dias com o extrato de Allium cepa L. na dosagem de 400 mg/kg e S-Metil-Cisteína na dosagem de 100 mg/kg, respectivamente. Finalizado o experimento, foram anestesiados e eutanasiados e as glândulas parótidas foram removidas para análise morfológica e histomorfométrica. Os resultados foram analisados estatisticamente, considerando-se p  0,05. A análise histomorfométrica e de correlação mostrou que os grupos diabéticos tratados e não tratados sofrem com os efeitos degradantes gerados pela diabetes, tanto nos ácinos quanto nos ductos. Porém, os tratamentos demonstram resposta a esses efeitos e ação protetora para as células acinares e ductais. O tratamento com a substância S-Metil-Cisteína e o extrato metanólico de Allium cepa L. mostram-se eficazes na diminuição dos efeitos progressivos da doença. Destes, o que possui maior atividade é o extrato. Porém, a substância isolada também demonstra importância na proteção celular.