Potencial antifúngico de compostos vegetais frente a biofilmes de Aspergillus fumigatus

Abstract

Este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antifúngico dos compostos obtidos de Libidibia ferrea (Mar. ex Tul.) L. P. Queiroz, Christiana africana DC e Sterculia foetida Linn frente a biofilmes formados por Aspergillus fumigatus. Para o estudo, foram obtidos seis isolados, clínicos e ambientais, da Micoteca URM/UFPE que em estudos prévios, foram capazes de formar biofilmes in vitro. Dos compostos testados, o extrato etanólico de L. férrea assim como suas frações hexânica e acetato de etila, não apresentaram atividade antifúngica frente as cepas testadas. No entanto, os óleos fixos obtidos de sementes de C. africana e S. foetida apresentaram atividade antifúngica frente as células planctônicas e sésseis de A. fumigatus, agindo em concentrações inibitórias mínimas de 1024µg/ml a 512µg/ml. Na análise fitoquímica dos compostos no extrato etanólico de L. ferrea foram detectados os ácidos elágico e gálico, quercetina e luteolina, enquanto os óleos fixos de C. africana e S. foetida apresentaram os ácidos palmítico, linoleico, linolênico, malválico, estercúlico e esteárico, variando em concentração nas duas espécies. A descoberta do potencial antifúngico dos óleos fixos de C. africana e S. foetida pode se tornar uma ferramenta promissora como alternativa terapêutica em casos de aspergilose causada por A. fumigatus.