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Título : Agricultura familiar e cadeias curtas de alimentos : a formação de um Espaço de Reciprocidade na Feira Agroecológica de Casa Forte, Recife – PE
Autor : OLIVEIRA, Manuella Carolina Costa de
Palabras clave : Sociologia; Agricultura familiar; Ecologia agrícola; Feiras; Produtores rurais; Consumidores
Fecha de publicación : 20-feb-2020
Editorial : Universidade Federal de Pernambuco
Citación : ALBUQUERQUE, Paulo Henrique Novaes Martins de. Agricultura familiar e cadeias curtas de alimentos: a formação de um Espaço de Reciprocidade na Feira Agroecológica de Casa Forte, Recife – PE. 2020. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.
Resumen : Esta tese tem como objetivo estudar a formação e reprodução de um espaço de reciprocidade (sistema de trocas) envolvendo produtores - feirantes e consumidores na Feira Agroecológica de Casa Forte (FACF), na cidade do Recife, no estado de Pernambuco, os quais se fundam em práticas voltadas para motivar e viabilizar trocas espontâneas que promovem a confiança mútua. Diante de tal problemática, construímos uma hipótese geral de que o sistema de trocas econômicas na FACF é sobreposto por práticas de reciprocidade, uma vez que, o elemento valor - confiança é fundamental para legitimar a presença física dos atores sociais dentro do espaço. A partir disso, questiona-se: como se dá o processo de construção da troca recíproca, entre produtores e consumidores orgânicos no espaço da FACF? Tais perspectivas, se inserem em uma discussão sobre cadeias curtas alimentares e o sistema de reciprocidade, assim como, na importância das relações de proximidade e de confiança estabelecidas entre produtores rurais e consumidores urbanos, na comercialização de produtos orgânicos em feiras agroecológicas. Desse ponto de vista, a Teoria da Reciprocidade de Dominique Temple fornece a base argumentativa para as questões trabalhadas nesta pesquisa – no que tange à formação de vínculos sociais nas feiras agroecológicas através do “oferecer” e “receber”, onde os indivíduos são mobilizados por outros princípios de troca (baseia-se em valores como reputação, amizade, confiança e solidariedade) que não econômico, como o estabelecimento de um bom convívio comunitário. Por esta via, teremos também a contribuição de Eric Sabourin, quando alinha a Teoria da Reciprocidade a agricultura camponesa, a partir da dialética entre o desenvolvimento da produção de valores materiais destinados a trocas mercantis, e a produção de valores afetivos (amizade e respeito) e éticos (confiança, justiça e equidade). A abordagem metodológica eleita para nossos propósitos foi a qualitativa, e foi amparada primeiramente pela técnica de amostragem snowball, combinada com as técnicas de coleta de dados por meio de entrevistas semiestruturadas - com os agricultores, consumidores, e instituições envolvidas, realizadas a partir de um roteiro, além da observação de campo e pesquisa bibliográfica. O trabalho de campo foi realizado nos meses de janeiro de 2016, e em junho e julho de 2018, na feira agroecológica e nos sítios dos produtores. O estudo nos evidenciou, que a Feira Agroecológica de Casa Forte se revela como espaço de reciprocidade, pois permite uma relação de maior proximidade entre os produtores e os consumidores, a qual não se reduz a mera troca mercantil do tipo dar-pagar, ao mesmo tempo, a FACF é um instrumento que aponta para novas perspectivas na relação do rural no espaço urbano. As análises nos permitiram entender também que o valor-confiança é um aspecto construtor nas interações ocorridas no espaço da feira. As cadeias curtas (re)colocam a questão da confiança no eixo do debate alimentar, isto é, mesmo que os motivos e justificações para o consumo dos alimentos orgânicos variem, os valores compartilhados na feira condicionam a melhoria no processo de mediação e acreditação nos alimentos, (re)valorizando assim, conhecimentos, significados e valores que são atribuídos a estes produtos. A abrangência da Teoria da Reciprocidade permitiu articular tanto os mecanismos comerciais que promovem a diversidade produtiva e a valorização local dos territórios onde é feita a produção agroalimentar, como também, evidenciou a proximidade entre seus atores sociais, e desta forma, gerou vínculos sociais mais amplos que os mercantis, fortalecendo relações e a construção de um espaço de reciprocidade FACF.
Descripción : ALBUQUERQUE, Paulo Henrique Novaes Martins de, também é conhecido em citações bibliográficas por: MARTINS, Paulo Henrique Novaes
URI : https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39542
Aparece en las colecciones: Teses de Doutorado - Sociologia

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