Tratamento de efluentes por meio de macrófitas aquáticas e recuperação da biomassa para produção de biocombustível: uma revisão integrativa.

Abstract

Algumas plantas aquáticas são propagadas excessivamente causando problemas ambientais, como impedimento da penetração dos raios solares na coluna d’água e aumento da demanda bioquímica de oxigênio quando entram em estado de decomposição, além da proliferação de insetos e entupimento de represas e tubulações hidráulicas. No entanto, algumas macrófitas aquáticas possuem potencial de remoção de nutrientes e metais pesados do ambiente aquático e, alguns estudos comprovam a eficiência da sua utilização para o tratamento de efluentes e recuperação de corpos hídricos poluídos. Tendo em vista a grande produção de biomassa após o processo de remoção de nutrientes, é importante a sua caracterização e a destinação adequada. Este estudo objetivou realizar uma revisão integrativa acerca do uso de macrófitas para o tratamento de efluente e o potencial de recuperação da biomassa para a produção de biocombustíveis. Foram utilizadas as plataformas SciELO e ScienceDirect, além de livros clássicos dentro da temática. Considerou-se que, na atualidade, existe uma grande preocupação mundial quanto aos combustíveis fósseis que são uma fonte de energia não renovável e altamente poluente. Observou-se que as macrófitas aquáticas já são eficientemente utilizadas para o tratamento de efluentes e sua biomassa explorada para produção de biocombustíveis, destacando-se o bioetanol, biodiesel e o biogás, visto que, em geral, apresentam em suas estruturas teores consideráveis de carboidratos, lipídeos e metano após processos de conversão de energia. Concluiu-se então que a biomassa derivada das macrófitas apresenta-se como uma alternativa valiosa para a produção de biocombustível, por ser uma matéria-prima natural e abundante, e também por não competir com produtos alimentícios e consumos de terra. Entretanto, será necessário mais estudos para otimizar a produção de biocombustíveis, tornando-os economicamente viáveis e competitivos com os combustíveis já existentes.