Autoeficácia e estratégias parentais para o controle de peso em crianças com excesso de peso em escolas particulares

Abstract

A obesidade está sendo apontada como um dos maiores problemas de saúde pública no mundo. Na infância, este excesso de peso acarreta várias consequências que podem acompanhar o indivíduo ao longo da vida. É importante prevenir o ganho de peso excessivo quando criança, para evitar doenças crônicas não transmissíveis como diabetes tipo 2 e hipertensão arterial, além de problemas psicossociais, sendo esses ainda mais nocivos nessa fase da vida. Sabendo que o hábito alimentar familiar contribui para a transmissão intergeracional da obesidade, pois as crianças são facilmente influenciadas pelos estilos de alimentação dos pais, é necessário que eles sejam modelos do comportamento alimentar adequado para os filhos. O presente estudo tem por objetivo avaliar a autoeficácia parental, bem como, analisar as estratégias utilizadas pelos pais para a perda e/ou controle de peso de crianças com excesso de peso. Trata-se de um estudo que segue uma metodologia quantitativa, com desenho de investigação transversal, descritivo e analítico, que se deu por uma pesquisa online, através do Google Forms, o qual foram aplicados os seguintes questionários, enviados através de links por aplicativos de mensagens pela própria escola, aos pais de alunos de duas escolas particulares no agreste de Pernambuco: Inquérito sobre práticas para perda de peso, Questionário de Autoeficácia Parental e o Questionário de Frequência Alimentar, além da análise de dados antropométricos (peso e altura) das crianças, no qual participaram do estudo 11 crianças com idade entre 6 e 12 anos e os responsáveis pelas crianças. A partir dos resultados encontrados, verificou-se que crianças com sobrepeso e obesidade se alimentam de forma mais saudável, ingerem mais água e praticam mais atividades físicas que as crianças sem excesso de peso, acredita-se que esse fato se dê pelo alto nível de eficácia dos pais em buscarem a perda de peso de seus filhos. Com base nos resultados obtidos e na relação com a literatura, pode-se afirmar que os pais possuem autoeficácia no que se trata de serem modelos de hábitos alimentares saudáveis.