A matemática monstruosa versus a matemática deslumbrante: uma discussão a partir de opiniões de alunos da educação de jovens e adultos.

Abstract

O ensino na Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem passado por diversas mudanças para conseguir atender ao seu público alvo composto na maioria por jovens. Mesmo sendo salas diversificadas, formada por adolescentes, jovens e adultos, observa-se certa dificuldade na aprendizagem, principalmente na disciplina de matemática. Dentro da sala de aula ela é vista de tamanha complexidade, como um monstro (LINS, 2004), todavia fora da sala de aula ela torna-se habilidosa, útil, compreensível. Como podemos compreender isso? É nesse questionamento ao qual nossa pesquisa baseou-se. E compreender o porquê das inúmeras dificuldades em aprender e praticar a Matemática no lápis e papel dentro da sala de aula, contrapondo-se a uma imensa habilidade em desenvolvê-la mentalmente em atividades diárias. Este referente trabalho buscou analisar por meio de um questionário, a opinião de um grupo de alunos da EJA, em relação à matemática. Alunos esses, que frequentam a EJA, fase 3, correspondente ao 6º e 7º ano do Fundamental, numa escola municipal situada no agreste pernambucano. O grupo é composto em sua maioria por adolescentes que têm a agricultura como profissão. Nossa análise é subjetiva, teve como contribuição alguns pesquisadores (FOUCAULT, 2011a, 1984, 2011b; DELEUZE, 2005, 1998, 2008; TARTARO, CAVAMURA, SOUZA, 2014) para nos ajudar na investigação e compreensão do resultado. Visto que trazendo a vida real do aluno para dentro da sala de aula é algo que ajuda muito na compreensão da Matemática tornando-a como algo concreto, destaca Lins (2004, p.93).