Avaliação da remoção do paracetamol em uma estação de tratamento de esgoto em escala real.

Abstract

Os fármacos são essenciais para os seres humanos na recuperação da sua saúde, entretanto o potencial de contaminação destes produtos pode tornar-se uma ameaça para o meio ambiente. O paracetamol é um medicamento amplamente utilizado no Brasil e no mundo, possui propriedade analgésica e antitérmica, e constitui um dos principais micropoluentes encontrados nos efluentes das Estações de Tratamento de Esgoto (ETE). Diante deste cenário, este trabalho analisou a biodegradação do Paracetamol. O experimento foi realizado em uma estação de tratamento de esgoto de Caruaru - PE, que atualmente opera com uma vazão de 100 L.s-1. B – Esgoto bruto, antes de passar pelo gradeamento; R – Esgoto afluente ao reator UASB; A – Esgoto afluente à lagoa aerada; F – Esgoto afluente à lagoa facultativa; M – Esgoto afluente à lagoa de maturação. O monitoramento da estação de tratamento foi realizado através dos parâmetros físico-químicos: pH, temperatura e demanda química de oxigênio; e a avaliação da eficiência de remoção deste fármaco através do método cromatográfico HPLC para determinação das concentrações de paracetamol. Foi verificada a presença do paracetamol nos efluentes da ETE durante o período de estudo, alcançando uma concentração de paracetamol no esgoto bruto de 144 ± 52 μg.L-1. O sistema de tratamento de esgostos analisado apresentou uma boa capacidade de remoção de paracetamol, ocorrendo 87% ± 5% da degradação do composto na primeira fase do tratamento, o reator UASB, e na segunda fase do tratamento, a lagoa aerada, remove os 13 ± 5% restantes.