Estratégias de enfrentamento no esporte durante a pandemia da COVID-19 em jogadores de bocha paralímpica

Abstract

A pandemia causou diversas modificações na forma de viver da maioria da população mundial, trouxe incertezas e afetou os planos para o futuro de forma radical. As medidas de contenção da pandemia afetaram o meio esportivo. O esporte paralímpico teve que se reorganizar para encontrar alternativas que permitissem dar continuidade aos treinamentos. O estudo teve como objetivo comparar as estratégias de coping utilizadas por atletas de bocha paralímpica no período da pandemia. A amostra foi composta por 43 atletas, sendo 30 homens e 13 mulheres. Para identificar as estratégias de enfrentamento, foi utilizado o ACSI-28 (athletic coping skills inventory) em sua versão adaptada para o português. Na analise dos dados, utilizou-se o teste de normalidade Shapiro-Wilk. Para comparação entre as classes funcionais e os tempos de experiência, foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis, com testes post-hoc DSCF pareados. As comparações entre os níveis competitivos foram realizadas por meio do teste U de Man-Withney. Todas as análises foram realizadas no software JAMOVI, versão 1.6.23.0, sendo considerado uma significância estatística de 5% (p<0,05). Diferenças estatisticamente significativas entre “+10 anos” e “1 a 3 anos”, nas subescalas “metas e preparação mental” (6.00 ±1.75a vs 5±1.50a) e “treinabilidade” (9.00±3.25b vs 8.00±3.00b ). E entre os grupos de 5 a 10 anos e 1 a 3 anos na subescala de treinabilidade (6.00±0.500b vs 8.00±3.00b ). Atletas mais experientes na modalidade da bocha, passaram melhor pelo período da pandemia do COVID-19, pois, conseguiram utilizar com mais facilidade as dimensões “metas e preparação mental e treinabilidade”, das estratégias de coping.