Avaliação do dimensionamento de sistemas de distribuição de água de condomínios horizontais.

Abstract

O presente estudo tem como objetivo fazer uma análise comparativa entre métodos de dimensionamento de uma rede de distribuição de água, projetada para o abastecimento público de um condomínio horizontal localizado em Caruaru-PE, dando ênfase à eficiência econômica e hidráulica de cada solução obtida. A metodologia aqui proposta para a avaliação econômica dos dimensionamentos calcula o custo de implantação da rede considerando as despesas de aquisição das tubulações, conexões e acessórios que compõem a mesma. A fim de alcançar tais objetivos, foram utilizadas como ferramentas de cálculo hidráulico o simulador hidráulico EPANET versão 2.0, o Excel e o método LENHSNET de otimização, seguindo os procedimentos propostos pela NBR 12218/2017 e pela norma de projetos da COMPESA. Finalizada a análise e com a população e vazão de projeto definidas, foi proposta a concepção e o dimensionamento otimizado de uma rede alternativa de tipologia malhada para o condomínio. Os resultados apresentados por todos os métodos e traçados estudados demonstraram que não é possível alcançar a condição de velocidade mínima exigida pela NBR 12218 para todos os trechos quando a vazão de projeto é muito pequena. As soluções apresentadas por todos os métodos foram satisfatórias para o dimensionamento das redes, no entanto não foi possível otimizar os resultados da rede malhada no Excel, pois o otimizador do software, Solver®, não suporta a quantidade de restrições imposta. Apesar do entrave, o recurso se mostrou eficiente quando aplicado a redes ramificadas gerando custos de implantação muito próximos aos obtidos no EPANET. Quanto à rede alternativa, foi possível observar que, como era de se esperar para uma rede malhada, a mesma apresentou custo de implantação superior quando comparada ao traçado ramificado. Apesar de perder no desempenho econômico, a rede proposta se mostrou mais confiável em razão da sua resiliência na ocorrência de falhas nos condutos que a permite se adaptar a situações adversas sem a interrupção em grande escala do abastecimento. Por fim, foi comprovado que não se deve generalizar na escolha do tipo de traçado, pois todo caso deve ser estudado de acordo com as suas particularidades e todos os prós e contras devem ser avaliados atentamente por um profissional antes de tomar qualquer decisão.