Impactos da presença de algas e microalgas tóxicas em água para abastecimento humano: uma breve revisão bibliográfica.

Abstract

A eutrofização artificial produz mudanças na qualidade da água provocando o aumento da incidência de florações de microalgas e cianobactérias. Em mananciais de abastecimento de água esses microrganismos produzem e liberam toxinas para o meio líquido. Algas cianofíceas ou algas azuis produzem cianotoxinas, fomentando problemas à saúde humana evidenciados por estudos epidemiológicos e toxicológicos. As manifestações patológicas de forma aguda ou crônica variam com o grau e o tempo de exposição. O primeiro caso confirmado de mortes humanas causadas por cianotoxinas ocorreu no início de 1996, vitimando mais de 100 pacientes renais crônicos, após terem sido submetidos a sessões de hemodiálise em uma clínica da cidade de Caruaru (PE). Neste sentido, ao analisar abordagens em artigos científicos sobre impactos da presença de algas e microalgas tóxicas em água para abastecimento humano nota-se lacunas na continuidade da abrangência e discussão deste tema, visto a sua importância no controle de qualidade da água, pois este é diretamente atrelado a qualidade de vida de uma sociedade, desta forma o presente estudo investiga na literatura acadêmica as principais causas de florações de algas e microalgas tóxicas em água para abastecimento humano e seus impactos. Para sua realização, usa-se uma revisão sistemática com análise bibliométrica, buscando compreender a relação entre a presença destes microrganismos tóxicos e os impactos nocivos aos seres humanos em contato com os mesmos. A revisão foi organizada em quatro etapas: Busca de artigos em base de dados, Meta-análise, Análises Bibliométrica e Sistemática. A busca de dados foi realizada na base Scopus, selecionando os artigos usando a metodologia PRISMA. Na meta-análise foram extraídos os dados bibliométricos e específicos das publicações. A etapa de análise bibliométrica foi realizada quantitativamente e qualitativamente usando o software VOSviewer. Na análise sistemática, a informação contida nos estudos foi sintetizada. Os artigos incluídos na análise final foram publicados entre 2009 e 2022.