Educação permanente na atenção primária à saúde do Brasil: uma revisão integrativa /

Abstract

A inserção e atuação do profissional de educação física (PEF) na Atenção Primária à Saúde (APS) é de suma importância tendo em vista que estes são os mais indicados para a formulação, execução e orientação da prática de atividade e exercício físico promovendo, prevenindo e reabilitando a saúde da população. No Sistema Único de Saúde (SUS), especificamente na APS, esses profissionais integram a equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) atuando no território juntamente com a equipe Saúde da Família (eSF). Apesar da importância da atuação dos PEF na APS, a formação dessa categoria ainda apresenta algumas fragilidades referente a atuação no SUS, ao trabalho multiprofissional e a programação e políticas públicas de saúde. Dentre as estratégias do SUS para ordenar seus recursos humanos a principal é a educação permanente em saúde (EPS), institucionalizada como política pública (Política Nacional de Educação Permanente em Saúde –PNEPS). Assim o presente estudo se justifica pela necessidade de revisar na bibliografia acadêmica estudos que abordem e avaliem a EPS para os PEF no âmbito da APS apresentando as temáticas, metodologias, resultados e lacunas nesse processo. Realizou-se uma revisão integrativa nas bases de dados LILACS e MEDLINE via BVS utilizando os descritores Atenção Primária à Saúde, Pessoal de saúde, Educação Continuada e seus termos alternativos. Foram identificados seis artigos científicos que contemplaram os critérios de inclusão. Os resultados, de forma geral, demonstraram uma incipiência do PEF como públicoalvo dos processos de EPS e prevalência de metodologia baseadas na educação continuada (EC). Diante disso, fica explícito a necessidade de formular, executar e divulgar os processos de EPS para os PEF, tendo em vista a importância da qualificação e atualização desses profissionais, a distinção dos processos de EPS com os da EC, evitando a confusão metodológica e o descompasso com as ações priorizadas pelo SUS, e a importância de novas publicações acadêmicas sobre a temática.