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Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/53742

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Título: Avaliação nutricional e práticas de alimentação de crianças prematuras menores de dois anos, do município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco
Autor(es): ANDRADE, Elisa Barros de
Palavras-chave: Nutrição; Crianças prematuras – Estado nutricional; Educação alimentar – Vitória de Santo Antão/PE
Data do documento: 12-Jan-2016
Citação: .
Abstract: A área de neonatologia vem progredindo muito no último século e esses avanços contribuíram para aumentar as estatísticas de sobrevida de recém-nascidos (RN) prematuros e/ou de baixo peso e com imaturidade fisiológica. Entretanto é necessário garantir o crescimento e o desenvolvimento adequado dessas crianças não só na UTI/UCI Neonatal, mas nos 02 primeiros anos de vida, que são cruciais. Após a alta na UTI/UCI neonatal, a alimentação deve ser iniciada com o aleitamento materno, e a partir dos seis meses de idade corrigida, deve ser feita a introdução à alimentação complementar, baseada em alimentos saudáveis como frutas, legumes, verduras, carnes e grãos, respeitando a maturidade fisiológica da criança. Na infância, a principal causa dos distúrbios nutricionais é a introdução inadequada dos alimentos complementares, associada ao desmame precoce e manutenção de dietas inadequadas. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o estado nutricional e as práticas de alimentação de crianças prematuras menores de 02 anos, após a alta na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e em acompanhamento ambulatorial em um hospital de referência para gestação de alto risco no município da Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Estudo do tipo transversal, descritivo.. A população de estudo foi crianças prematuras de 0 a 24 meses atendidos na clínica de Nutrição do Hospital João Murilo. os dados foram coletados através da aplicação de dois questionários (um desenvolvido para a pesquisa e o segundo adaptado do questionário proposto por Oliveira et al., 2015), um recordatório de 24h com a mãe ou responsável da criança e obtenção de dados antropométricos através do prontuário. Foram entrevistadas as mães de 40 crianças prematuras. Foi encontrado no âmbito socioeconômico, habitacional e demográfico que 72,5% das famílias não possuía rede de esgoto; 70,0% possuía renda menor que 01 salário mínimo e 62,5% não recebiam nenhum beneficio do governo. Quanto a questões clínicas dos prematuros, 45% dela não recebiam suplementação de vitamina A e 25,0% não recebiam suplementação de sulfato ferroso; 58% nasceram com baixo peso; e 10,0% nasceram Pequeno para Idade Gestacional; apenas 9,1% estavam abaixo do Escore Z -2 com relação ao indicador Comprimento/ Idade Corrigida. No tocante a amamentação, apenas 13,3% das crianças menores de 6 meses estava em aleitamento materno exclusivo e 63,3% do total de crianças já encontravam-se desmamadas. A análise qualitativa da alimentação complementar observou-se um elevado percentual de crianças com consumo de fórmulas lácteas modificadas, nas três faixas etárias analisadas (<6 meses: 77,2%; 6 a 12 meses: 100% e dos 12 aos 24 meses: 66,7%); baixo percentual de consumo de frutas (18,1%); legumes (4,5%) e cereais e tubérculos (18,1%) e importante consumo de alimentos industrializados(9,0%) por crianças menores de 06 meses de idade corrigida; nas crianças acima dos 06 meses, é notável o baixo consumo de alimentos saudáveis como as frutas ricas em vitamina A (20,0%) e verduras folhosas (30,0%) e também o alto consumo de alimentos industrializados (80,0%) e de alimentos que continham açúcar (30,0%). Na análise quantitativa, foi encontrada nas crianças desmamadas menores de 01 ano, uma alta ingestão proteica e de carboidratos e uma baixa ingestão de lipídeos ferro e vitamina A. Já nas crianças desmamadas entre 12 a 24 meses foi identificada uma alta ingestão de energética proteica e lipídica. Como consequência dessa alimentação complementar, existe a predisposição das crianças prematuras analisadas, desenvolverem distúrbios nutricionais como a anemia ferropriva, a hipovitaminose A e o excesso de peso com as patologias relacionadas. Sendo assim, à adequada orientação alimentar pós-alta, especialmente nos 02 primeiros anos de vida, amplia a expectativa de melhor qualidade de vida ao prematuro, proporcionando crescimento e desenvolvimento saudáveis, enquanto processos integrados e contínuos.
URI: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/53742
Aparece nas coleções:(CAV) TCC - Nutrição

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